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domingo, 12 de agosto de 2007

DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 15
Diário Estelar 1234567/15
Sistema Solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e Hora: Incertos
Acho que preciso parar com o café, ou ao menos maneirar. Sinto uma leve queimação no estômago e isso pode ser sinal de uma gastrite. Sei lá, mas vício é fogo. Nós não conseguimos nos desvencilhar dele assim tão fácil. Eu por exemplo já fui viciado em Coca-Cola, uma bebida refrigerante lá do Planeta Terra, e chegava a tomar uma garrafa de 2 litros sozinho brincando, mas uma grande amiga minha, a Sol que se correspondia comigo num antigo comunicador instantâneo que se chama MSN (Messenger), tanto me incentivou a parar que eu hoje não sou mais um viciado. Bebo só socialmente. Beber Coca-cola socialmente é bom rsrsrsrsrs Aliás não sei como ainda não tem Coca-Cola aqui no espaço...
Com o café também há de ser assim também. Quem sabe eu não encontre alguém que me aconselhe a parar ou ao menos a diminuir as doses, até porque na atual conjuntura poderei ficar sem estoque aqui a qualquer momento e então o baque pode ser feio com a síndrome de abstinência. Huuuummmm.... Mas que esse cafezinho é bom, isso é! Vamos agora ao que interessa. Vou escrever sobre aquele tema que havia pensado antes. Qual era mesmo? Ah sim, lembrei. Deixa-me ver... O que é pior, se arrepender do que fez ou se arrepender do que não fez? Esta é uma pergunta que tem rondado a minha mente de uma forma um pouco constante. As vezes nós nos arrependemos de algumas coisas que fizemos, ou porque elas foram ruins e nos desabonaram de alguma forma perante alguém ou porque deixaram marcas profundas e inesquecíveis, mas marcas que gostaríamos que nunca se apagassem e mais do que isso, que essas mesmas marcas se aprofundassem cada vez mais ou pelo menos que continuassem as mesmas. Mas nem sempre isso é possível. Mas nosso subconsciente trabalha sempre no sentido de querermos aquilo que não poderemos ter, as vezes nunca mais. E isso se torna angustiante a ponto de nós nos arrependermos de termos começado uma história, de termos iniciado um projeto, de termos traçado planos tão grandiosos como as grandes construções da humanidade.Por outro lado, nós temos muitas vezes, as oportunidades mais incríveis do mundo e não as aproveitamos. É como diz o poeta Zé Geraldo: “E o cavalo passou encilhado e eu não montei...”. As vezes também realizamos alguma coisa e depois nos arrependemos de não termos ido mais a fundo em nossas investidas, em nossos atos, em nossos projetos e isso também nos angustia pois pensamos: Pô, porque não fui mais a fundo? Engraçado isso, mas isso é uma coisa que acontece com várias pessoas, tenho a certeza disso. Quem sabe um dia, algum astronauta ache essas páginas, leia essa minha colocação e não torne isso um pequeno debate público em alguma comunidade da internet do futuro. Já estou imaginando um tópico com esse questionamento e o responsável pela comunidade perguntando: “Você já se arrependeu mais de coisas que tenham feito ou de coisas que não fizeram?” Seria legal saber o resultado. Quem sabe eu não leia alguns questionamentos e algumas experiências de vida no futuro. Mas agora me ocorre outra coisa. Minha maior ambição no momento é reencontrar meu caminho de volta e se isso acontecer, o que eu espero que aconteça, essas páginas iram ficar nas mãos de meus filhos e de meus netos e então eles perpetuarão essa minha história contando pros seus amiguinhos as aventuras de um pai ou de um avô viajante. Que bom seria que essa história se perpetuasse, não como um desabafo ou como uma história triste, mas como um testemunho de vida e até como um conselho ou um alerta para que as pessoas não passem pelo que estou passando agora.. Mas falei, falei e a dúvida ainda continua no ar e pelo jeito vai ficar um bom tempo sem que eu chegue a uma conclusão. Até nisso estou confuso? Essa não! Bom, estou ficando com sono. Vou me recostar aqui na poltrona da ponte de comando e relaxarei vendo essa imensidão toda criada por Deus para todos nós. Preciso refletir bastante para tomar as decisões que pretendo tomar um breve. Ao mesmo tempo, sinto que agora é uma hora um pouco propícia para que algum sinal possa ser rastreado e decodificado pelo meu radar. Vou ficar atento.... Uaaaaaaahhhhhhh!!! Será que o sono vai me vencer? Que monotonia....
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Um comentário:

Dani (ela) disse...

“E o cavalo passou encilhado e eu não montei...”.

eu? eu monto, monto mesmo.

e você cavaleiro (astronauta)? será que essa sua nave não foi o cavalo de outros dias?

eu monto. e se ele me derrubar, levanto. já pensou se ele passa e fico olhando a crina balançar ao vento? morreria rrependida!

bjo.