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sábado, 29 de setembro de 2007

DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 39
Diário Estelar 1234567/39
Sistema solar: Desconhecido
Dia/Mês/ano e Hora: Ainda incertos mas por pouco tempo...
-Que delícia essas pílulas de feijoada! Parece que estou comendo uma autêntica Feijoada Carioca. A diferença é que se você comer moderadamente ela não para no estômago como a feijoada que se come lá na terra, só que se juntarmos tudo o mais que tem aqui neste balcão "self service", a coisa fica complicada, porque com certeza o estômago vai pesar e depois só uma redinha para ajudar a acabar com a moleza. Nada que uma soneca não resolva!
-Redinha, que isso Zé, você está brincando?
Não estou não Bruno! Eita coisa boa!! Pena que eu só tenho uma, senão você poderia também compartilhar de minha “siesta”.
-Deixa quieto Zé, tenho ainda uma porção de coisas pra fazer á tarde. Acessar as minhas atuais comunidades e sites da Internet e coordenar minhas Editoras para acompanhar a vendagem dos livros de poesia que eu lancei. Alguns dos poetas que começaram no Solar da Poesia, são hoje grandes e renomados poetas. Vendem muito meu amigo. A poesia hoje é muito valorizada na terra. Naquela época a poesia não tinha ainda o destaque que hoje tem e as pessoas se interessavam em ler só Paulo Coelho ou Zíbia Gasparetto. A poesia hoje, graças á Deus está no seu devido lugar.
-Que bom Bruno! Fico feliz com isso. Acho que a batalha de muita gente não foi em vão. Desejo ainda mais sucesso pra você. Quem sabe você ainda não publique um livro meu? Estou escrevendo “A História de Beatriz”, e procuro uma editora.
-Ah, vamos conversar Zé, mande uma cópia pra mim do que escreveu até agora e vamos conversar. Daí, quando você retornar a terra, talvez vá direto para uma livraria fazer uma tarde autógrafos, que tal?
-Maravilha!!! Deus te ouça! Oxalá isso aconteça pois é meu sonho!
-Legal, vamos tocar o barco então e tenho a certeza de que seremos parceiros. Aliás, falando em parcerias, como vão aquelas suas parcerias com aquele seu amigo Max Gasperazzo? Vocês compuseram muito não é?
-Ah Bruno, minhas composições com o irmão Max, foram todas sucesso. É incrível a sintonia que sempre existiu entre eu e ele. Acho que a sintonia espiritual que nós temos um para com o outro deve ser coisa de outras vidas. E quer saber mais Bruno? Somos reconhecidos onde vamos! Um dia, pouco antes de eu iniciar esta viagem, fomos juntos assistir a um show de nossa amiga Rita no Teatro Municipal de Piracicaba e quando entramos, o teatro estava lotadaço e nós ficamos meio confusos pois não tínhamos reservado ingresso nem ligado para a produção dela solicitando convites, mas assim que pusemos o pé no teatro, o pessoal da administração avisou a produtora dela que logo arrumou dois lugares na coxia, porque dizia a produtora da Rita, que se sentássemos na platéia, ficaria um burburinho tal que atrapalharia o show. Exageros a parte, seguimos a orientação da produtora dela e ficamos no Backstage, próximo as cortinas para apreciar o show, que diga-se de passagem foi lindo. Mas voltando ao assunto do qual me desviei, o Velho Max tem tido muito sucesso, pois as composições que ele tem com o Zé Geraldo, são sucesso até agora, gravadas e regravadas por muita gente.
-Que bom Zé Roberto, vocês serão ainda muito felizes em tudo o que forem fazer.
-Obrigado Bruno, obrigado mesmo pelas carinhosas vibrações!
-Bom Zé, acabamos de comer não é? Vamos então pedir uma pílula de café e a conta?
-Tudo bem Bruno, vamos sair que eu vou lá no Auto Elétrico Espacial pra fazer um orçamento do conserto de minha nave.Tá certo, vamos nessa! Garçom, duas pílulas de café e a conta por favor...
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quinta-feira, 27 de setembro de 2007

A FÁBULA DAS BORBOLETINHAS COLORIDAS
(Arte by Moniquinha)
Existia uma casinha, que era visitada todos os dias por lindas borboletinhas coloridas, que vinham de vários lugares diferentes, pousavam na janela dessa casinha e ficavam conversando todos os dias, por horas e horas, ás vezes de dia, ás vezes de noite. Eram lindas essas borboletinhas. Cada uma tinha uma cor e suas asinhas eram muito brilhantes. Mas tinha uma borboletinha amarela, coitadinha, que vivia triste e tinha sempre um ar de amargura e de melancolia em seu olhar e em suas palavras. Notando isso, uma borboletinha azul se aproximou e disse:
-Ó borboletinha amarela, porque tens esse ar de tristeza e melancolia? Porque és assim tão triste?
-Ah borboletinha azul, sou triste porque de onde eu venho a borboleta chefe sempre me trata mal, dizendo que eu sou feia sem cor e sem vida. E de tanto ela insistir, passei a voar sempre de antenas baixas. Perdi minha auto estima e passei a me achar realmente feia e sem graça.
-Que nada minha cara borboletinha amarela! És linda, tens a um bonito rosto e suas asas são brilhantes, cheias de graça. Não percebes, mas é encantadora! Posso ser seu amigo?
-Claro borboletinha azul, mas não sei se você vai agüentar o minha conversa sempre deprimente e as minhas lamentações.
-Ah não temas minha cara, tenho certeza que você não é assim tão depressiva. Acredito que a medida que você passar a se amar mais, vai enxergar a vida com outros olhos e com outras antenas. Mas para isso, você precisa se libertar da borboleta chefe, pois ela é que faz com que você continue sendo infeliz. Lute, reaja, faça uma revolução dentro de você mesma e se libertará desse estigma.
-Mas como posso fazer isso borboletinha azul? Sou dependente da borboleta chefe e se eu sair de onde estou o que farei? Para onde vou? Passarei a voar sem rumo e posso me perder. Sou insegura e não consigo raciocinar direito. Você me ajuda a pensar?
-Claro que sim borboletinha amarela, confie em mim e eu te ajudarei no que você precisar. E depois tem outra coisa. A companhia que tens de todas essas borboletinhas que aqui pousam junto de nós todos os dias fará com que você possa adquirir a felicidade e a alegria que tanto almejas. Nada temas, estou aqui para lhe ajudar!
E assim foi durante vários meses. A borboletinha azul não mediu esforços para ajudar a borboletinha amarela. Ficava horas e horas conversando, ouvindo seu desabafo, dando sugestões e a sustentação necessária que ela tanto precisava. As horas passavam bem rápido e a conversa era sempre animada tanto que ás vezes as outras borboletinhas iam todas embora para suas regiões e a borboletinha azul e a amarela ficavam conversando até não agüentarem mais de sono. A borboletinha amarela foi então se levantando, foi tendo de volta a sua auto estima e em pouco tempo pode finalmente dizer para sua melhor amiga:
-É minha cara borboletinha azul, tinhas razão! Eu voava pela floresta e até pelos jardins da cidade e muitos outros insetos me elogiavam mas eu nunca dei bola porque achei que estavam brincando comigo, mas agora estou me vendo com outros olhos. Esses dias atrás, parei para me refrescar naquele lago ali adiante e no espelho d’água que se formou pude observar que realmente sou linda. A partir daí passe a me dar valor. Estou me cuidando e partirei para novas conquistas que me livrem da dominação da borboleta chefe.
Em poucos dias, as borboletinhas voltaram a pousar na mesma janelinha e a borboletinha amarela disse para a borboletinha azul:
-Amiga, você não faz idéia do que eu estou fazendo!
-O que você está fazendo minha amiga?
-Estou fazendo um curso de polinização de flores!
-Mas que lindo borboletinha amarela! Parabéns!! Isso vai fazer de você independente, porque no futuro muitas flores precisarão de você para fazer a polinização e pagarão a por isso.
-Que bom, assim espero que seja minha querida borboletinha azul.
O tempo foi passando e a borboletinha amarela foi ficando cada vez mais feliz com o seu curso, arranjando outras borboletinhas como amigas. Ela foi ficando mais alegre, renovada e confiante em seus propósitos e em seu futuro. Estava feliz com seu curso, estava se dando muito bem nele. Fazia as provas e sempre se saia bem, principalmente porque a borboletinha azul, sabedora de que iam acontecer essas provas, sempre vibrava positivamente pelo sucesso da amiga e isso resultava em êxito pleno. Mas um dia, uma outra borboletinha que nunca tinha estado por aquelas paragens passou a pousar naquela linda janelinha. Essa nova borboletinha era marrom e vinha de um Vale distante, mas muito bonito. Quando chegou, logo se apresentou e foi muito bem recebida. Então a borboletinha marrom não teve dificuldades em arrumar novas amizades e em pouco tempo conversava animadamente com todos. Muitas conversas todos os dias e a afinidade entre a borboletinha amarela e a borboletinha marrom logo aconteceu. A borboletinha azul que era sua melhor amiga foi ficando para trás, um pouco esquecida Foi aí que o problema começou. Um belo dia, voando por um bosque, a borboletinha azul encontra com a borboletinha amarela e pergunta:
-Olá minha cara amiga, a quanto tempo! Como você está? Tens alguma novidade para me contar?
-Olha borboletinha azul minha amiga, a novidade que eu tenho você não vai gostar de ouvir não!
-Pode contar minha amiga, fique à vontade.
-Sabes o que é borboletinha azul? Eu abandonei o curso de polinização!
-O que? Porque fez isso borboletinha amarela?
-Ah minha cara amiga, eu estava pensando esses dias se esse curso tinha alguma relação comigo e me sentia confusa, então falei com a borboletinha marrom ontem e disse que não estava muito contente e disse que pensava em abandonar o curso de polinização. Perguntei então se a borboletinha marrom o que ela achava, ou seja, se eu deveria ou não abandonar o curso e ela sem pestanejar disse que sim, que eu deveria abandonar o curso.
-Mas como borboletinha amarela? Você estava tão feliz com esse curso? E quem é a borboletinha marrom para te dar um conselho destes? Ela acabou de chegar aqui na nossa reunião. Ela pousa faz pouco tempo entre nós e não sabe de nada para dar uma opinião dessas!
-Ah borboletinha azul, agora não tem mais volta, já abandonei o curso!
-Que pena minha linda borboletinha amarela, eu lamento muito, mas assim mesmo torço para que tudo de certo naquilo que fores fazer daqui para a frente. Continue contando com a minha vibração.
Então, quando a borboletinha azul achou que tudo ia melhorar aconteceu o pior. A borboletinha marrom pousava na janelinha e chamava a borboletinha amarela de lado e logo a convidava para voar para uma outra janela, deixando a coitada da borboletinha azul falando sozinha. E isto foi acontecendo cada vez com mais frequencia, entristecendo a pobre da borboletinha azul que passava dias tristes e sombrios se perguntando onde tinha errado em sua relação de amizade com a borboletinha amarela que agora se fechava, se isolava e só tinha asas para a borboletinha marrom. E se fechava não só para a borboletinha azul, mas também para todas as outras borboletinhas que pousavam naquela janelinha. Mas com o tempo, a borboletinha azul foi se afastando por não agüentar tamanha indiferença e tamanho distanciamento e isso também foi acontecendo com as outras borboletinhas que foram se afastando até o ponto de deixar a borboletinha amarela e a borboletinha marrom sozinhas.
A borboletinha azul então passou a voar em outros períodos e as outras borboletinhas se juntaram, numa festa e numa alegria. Mas a borboletinha azul ainda não estava feliz, porque queria entender o que tinha acontecido. Porém o destino reservaria uma bela surpresa a borboletinha azul. Um dia, ela estava voando sozinha por um bosque e pousou em uma flor. Foi ai que veio uma linda borboletinha vermelha, pousou a seu lado e disse:
-Oi borboletinha azul, posso ser sua amiga?
-Claro borboletinha vermelha, é claro que pode!
-Você me parece triste borboletinha azul, posso te ajudar?
Então a borboletinha azul, ficou conversando por horas a fio com a borboletinha vermelha e contou-lhe toda a incompreensão que reinava em sua mente e em seu coração. E a borboletinha vermelha ao ouvir o desabafo da amiga, disse-lhe com voz branda e olhar de ternura:
-Esqueça a borboletinha amarela minha amiga. Ela está em outra flor. Você fez a sua parte tentando ajudá-la no que pode mas ela acabou sendo seduzida pela borboletinha marrom e aí você nada tens mais o que fazer. As duas borboletinhas se fecharam num mesmo casulo minha amiga e como você mesma diz, hoje conversam sozinhas porque as outras borboletinhas se afastaram. Fique tranqüila, nada tema, porque agora estarei aqui para te dar a minha amizade e o meu carinho. Torça para que a borboletinha amarela encontre seu caminho e seja feliz, porque serás muito feliz a partir do momento que conseguires entender que isso tudo que aconteceu pode ser nada mais nada menos que um curso natural da vida. De minha parte estarei sempre aqui ao seu lado para o que der e vier minha cara borboletinha azul, te dando meu carinho e minha eterna amizade!
Depois de ouvir essa linda declaração de irmandade e fraternidade, a borboletinha azul começou a chorar e disse:
-Obrigado deus da natureza por me mandar essa amiga tão bonita a me fazer companhia! E a você borboletinha vermelha, o meu muito obrigado por ter entrado em minha vida!
-Não me agradeça, aqui estou minha linda borboletinha azul. Vamos voar juntas e seremos felizes para todo o sempre!
E então voaram as duas borboletinhas juntas para uma janelinha onde recomeçaram a conversar e a bater as asinhas com alegria. Em pouco tempo as outras borboletinhas que tinham debandado, viram a alegria das duas e foram voltando, uma a uma, para logo se juntarem todas outra vez. E alegres, cantaram vivas a vida e fizeram um tratado de amizade eterna assinando em conjunto, uma declaração de união e fraternidade, para todo o sempre, para todo o existir do amor e da amizade...

Esta fábula, inspirada nas fábulas de La Fontaine, é toda construída em metáforas e provavelmente só as pessoas que conviviam comigo na época que escrevi esta história entenderão, mas ela serve pra nos mostrar que sempre temos quem nos apóia, quem nos dá a mão, quem nos aconselha e quem nos quer bem. Ás vezes, quem bem queremos e quem consideramos nossos amigos(as) ou nossos amores, acabam seduzidas momentâneamente por determinadas pessoas, situações ou fatos, mas acabam voltando sempre uma hora ou outra, pois a força da amizade e do amor quando une pra valer, une pra sempre, tanto que a borboletinha amarela depois voltou a pousar novamente na mesma janela que a borboletinha azul e voltaram a viver felizes para sempre e o são até hoje. O que o amor e a amizade une pra valer, nada nem ninguém separa definitivamente....

Pra constar, eu sou a borboletinha azul e a borboletinha amarela desistiu do curso de polinização basicamente por causa da borboleta chefe que a oprimia. a borboletinha marrom, por não saber da história, acabou aconselhando a borboletinha amarela a abandonar o curso, sem saber que ela o fazia não por vontade própria e que no fundo seu coração estava querendo continuar.

DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTILO 38
Diário Estelar 1234567/38
Sistema Solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e hora: Incertos
-Vi sim amigo! Pelo seu relato era realmente a Nave Mãe que você procura. Eu estava passando por uma região conhecida como Wolf’s Valley que fica a uns 4,5 anos luz daqui. Essa nave é grande, realmente colorida e de longe se vê a grandeza dela. Estava ancorada em uma loja de conveniência como essa aqui, porém maior e estava sendo carregada com toneladas de suprimentos, porque acho que a viagem dela seria longa. Ninguém abastece a nave daquele jeito senão para iniciar uma longa jornada, porque vocês sabem, aqui em cima não é como na terra em que você encontra um hipermercado em cada esquina não é? No espaço, você tem que aproveitar todas as oportunidades de parar e abastecer sua nave, senão sabe Deus quando encontrará outro posto ou outra loja de conveniência como essa. Mas voltando a Nave Mãe, nós passamos por ela, demos só uma piscada de luzes, ela respondeu e seguimos em frente, mas posso te assegurar de que era ela mesma. Posso até lhe dar as coordenadas dessa região, mas acredito sinceramente que ela já não esteja mais lá faz tempo. Enfim, você é quem sabe...
-Ah, deixa pra lá meu amigo, seu esforço e sua vontade de me ajudar foram imensos e eu lhe sou muito agradecido por isso.
- Se precisar de ajuda qualquer hora é só falar caro viajante.
-Caro Bruno, essas coisas só me fazem desistir dessa minha procura insana, desta minha vontade de obter respostas para algo que eu acredito nunca vou encontrar.
-Mas Zé, essa procura tem tanta importância pra você?
-Agora não tanto Bruno. O que me interessaria saber, era apenas o porque da mudança da nave, o porque do distanciamento, o porque do silêncio e da ausência. Minhas coordenadas estão gravadas nos computadores da nave, porém não há um contato, uma palavra ou um sinalzinho sequer. É duro amigo, mas certas coisas temos que encarar... Ah, deixa-me mudar de assunto um pouco.
-Fale Zé Roberto.
-Tem aqui nesta loja de conveniência um restaurante onde se possa saborear uma refeição suculenta? Estou com uma fome danada!
-Ah tem sim amigo, tem um restaurante ali dentro que serve uma refeição suculenta no modo Self Service, vamos lá? Continuamos o papo lá dentro.
Veja quanta variedade! E acho que hoje é dia de pílula de feijoada...
- Hoje é Sábado não é? Sábado Bruno? Eu sei lá! Faz tempo que eu não sei o que é dia, mês ano e horas. Estou desorientado e completamente perdido no tempo.
-Liga não Zé Roberto, como diria aquela velha propaganda das Organizações Tabajara, que passava naquele extinto programa da Rede Globo de Televisão chamado Casseta & Planeta Urgente: “Seus problemas acabaram!!” Aqui ao lado tem um AEE “Auto Elétrico Espacial”, que faz qualquer conserto que você precisar. Desde uma lanterna queimada até relês com defeito, baterias defeituosas e gastas e enfim qualquer problema na parte elétrica. E depois, consertando a parte elétrica seu relógio digital deve voltar a funcionar não é? -----Tenho certeza que sim. Mas vamos comer que saco vazio não para em pé... Hummmmmm... Pílulas de feijoada, pílulas de couve manteiga refogada, pílulas de salada de maionese, pílulas de tortas, bolos e sorvetes.... Caramba!!! Acho que vou me acabar!!
-Cuidado, Zé Roberto que a comida aqui é por quilo hein?
-Uai, e daí Bruno, hoje quem paga tudo é você, afinal nosso reencontro tem que ser comemorado e bebemorado né? Hehehehehehehehehe...
-Sacana você hein Zé, mas tudo bem! Essa é por minha conta.... Me de um abraço aqui meu grande amigo!
Se você quiser ler os capítulos anteriores, clique no marcador embaixo desta postagem em diário Estelar e boa viagem.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Estas são as estatísticas do meu blog em Setembro até agora. A psquisa refere-se a visitantes. Embora quase ninguém comente meus textos, tem gente lendo (ao menos "por cima") e isso já me motiva a contiuar escrevendo. Vejam os números em visitantes e os países de onde partem essas visitas:

100
53.48%
Brazil
47


25.13%
Unknown
-

18
9.63%
United States

4
2.14%
Portugal

4
2.14%
Japan

3
1.60%
Spain

2
1.07%
Argentina

2
1.07%
Canada

1
0.53%
Sweden

1
0.53%
Peru

1
0.53%
Colombia

1
0.53%
Netherlands

1
0.53%
Angola

1
0.53%
France

1
0.53%
Turkey

Música do dia:

Se seu dia está estressante, ouça esta canção de Zé Geraldo: SOL DO MEIO DIA:

DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 37
Diário estelar 1234567/37
Sistema Solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e Hora: Incertos
-Pois é meu caro Bruno, eu tenho a mais absoluta certeza de que você vai conseguir atingir seu objetivo e vai conseguir encontrar a Poesia Perfeita, aquela que deve ser tão linda que fica difícil até de imaginar como ela deve ser! Mas essa nossa “procura” por algo, muitas vezes leva muito tempo. Eu mesmo estava travando uma batalha muito grande no sentido de procurar o meu caminho de volta, achar meu rumo e a minha rota, pois quero voltar a encontrar meus amigos, meu lar, minha vida, ou como sempre cantava o grande Poeta Zé Geraldo “Encontrar o sentimento perdido”. Estou nessa rota faz tempo meu amigo. Meses e meses lutando nesse espaço sideral a procura de algo que esperava reencontrar. Mas o tempo e as circunstâncias me disseram que talvez seja muito difícil esse reencontro. No começo fiquei muito triste, desabei como um castelo de cartas, mas depois o conformismo tomou conta de mim e aos poucos fui não só me conformando, mas entendendo também toda essa minha complicada situação.
-Mas o que procurava tanto Zé Roberto?
-Procurava a minha Nave Mãe caro Bruno!
-Mas esse tempo todo no espaço você nunca mais teve contato com ela?
-Sim Bruno, tive sim alguns contatos com a nave mãe, pedindo socorro, querendo de volta minha carta estelar, ou ao menos uma certeza que me indicasse um caminho seguro para retornar a minha base terrestre, mas não consegui. Imagine você meu caro amigo, que em determinado momento de minha viagem encontrei com a PPZRS, a nave do Grande Maluco Beleza Raul Seixas, e os tripulantes de sua nave, fizeram todo os esforço necessário para me ajudar, mas também não conseguiram. Os contatos foram esparsos e fracos. Quando consegui conexão na minha Internet Banda-Luz, enviei várias mensagens para os tripulantes da Nave Mãe, pedindo para entrarem em contrato comigo, mas recebi pouquíssimas mensagens, atenciosas e curtas, mas que não resolveram o meu problema. Tentei muito, juro que tentei, mas a Nave Mãe foi se afastando cada vez mais de mim, por uma razão de eu não consigo entender até agora.
-Puxa, isso é mal meu caro amigo, se ao menos houvesse uma razão..
-É Bruno, agora estou bem mais tranqüilo. Quem sabe um dia eu não descubra a razão desse afastamento não é:? Esperar, é acreditar....
-Bom Zé Roberto, aqui nesta “Loja de conveniência” espacial, tem muitos viajantes espaciais, cada um vem de uma região diferente. É possível que alguém tem conheça ou já tenha cruzado com a essa sua Nave Mãe não é? Vamos ver.... Com licença amigos! alguém aí poderia ajudar meu amigo aqui? Ele está com um probleminha...
-Olha Bruno, se for pra empurrar a nave dele, esqueça por enquanto, esqueça, pois já empurramos 5 naves hoje e nossos braços estão doendo muito.
-Não, não é isso não! Ele está querendo localizar uma nave e talvez alguns de vocês possam dar uma pista a ele.Vamos ver...
-Como é essa tal nave que você procura eu rapaz?
-Bom amigos, em primeiro lugar, queria agradecer pela ajuda, isso pra mim é algo que nunca vou poder agradecer. Mas vamos lá.... Essa nave antigamente era sombria, triste, andava sozinha pelo espaço, apesar de ser uma nave mãe. Quando a encontrei a primeira vez em uma de minhas viagens de férias ao espaço, ela se achava a pior nave do sistema solar, tinha algumas peças que precisavam de um reparo e a luz da nave em alguns pontos estavam apagadas ou mesmo queimadas. Então ao encontrá-la eu disse a tripulação que aquela nave era maravilhosa e que não deveria vagar assim solitária. Precisava de alguns reparos apenas. Disse também a tripulação que tinha a certeza de que, com uma lixadinha aqui, uma pinturinha e o aparo de algumas arestas, a Nave Mãe estaria novinha em folha. Daí então, a tripulação acionou o programa de auto limpeza e auto conservação que estavam desativados e em muito pouco tempo aquela nave maravilhosa readquiriu a cor, a luz e a beleza que lhe eram próprias, mas que estavam encobertas, devido a anos e anos em que ela vagou por regiões de sombra, verdadeiros buracos negros. Voltei então a terra novamente, e continuei mantendo o contato com a tripulação, acompanhando seu desenvolvimento, a sua melhoria como um todo e a Nave Mãe como a Phoenix, ressurgiu das cinzas. Sua beleza então era um exemplo para outras naves, que davam passagem a ela e paravam para vê-la passar. Era lindo, vocês precisavam ver! Daí, um dia, planejei uma viagem efetiva para conhecer o interior da nave e passar uns dias em sua companhia. E isso aconteceu. Viajei novamente pelo espaço e fui ao encontro da nave, que estava com uma beleza de tirar o fôlego. Conheci a tripulação, seus equipamentos e até a casa de máquinas. Como era incrível aquilo!! Que grandiosidade!!! Fiquei encantado, e de tão encantado que fiquei acabei cometendo um erro.
-Qual Zé Roberto, que erro? Dá para nos contar?
-Claro que sim amigo Bruno. Vocês aí conhecem aquela antiga história de oãozinho e Maria?
-Sim Zé Roberto, esta história é eterna!
-Pois é, eu deveria ter feito mais do que o Joãozinho fez e deveria ter arrumado centenas e centenas de quilômetros de linha para amarrar uma ponta em minha casa e a outra ponta no “pará-choque” traseiro de minha nave, assim, quando eu quisesse retornar, era só reenrolar a linha de novo, mas não fiz isso! Extasiado que estava, deixei Nave Mãe e comecei minha viagem de volta e quando ela já não estava mais no meu campo de visão me deu um estalo: Esqueci os mapas e as cartas estelares que continham a minha rota de retorno ao orbe terrestre. Desde então iniciei minha procura, tanto pela Nave Mãe, como também pelas cartas Estelares que contem as coordenadas de meu retorno. Mas já estou desistindo... Vida que segue...
-Espere amigo, ao ouvir seu relato acho que posso lhe ajudar!
-Como? Sério? Não acredito, você viu a nave?
Se você quiser ler todos os capítulos deste Diário desde o início, clique nos marcadores á esquerda em cima em Minhas palavras, depois em Diário Estelar.
VOANDO NO PENSAMENTO
(VOA MEU PÁSSARO BONITO)

Voa no pensamento
Voa rumo ao infinito
Voa com sentimento
Voa, meu pássaro bonito!

Leva teus sonhos ao firmamento
Muito além do espaço restrito
Deixa pra trás o lamento
E segues nesse vôo bendito

Abre suas asas ao vento
E solta sua voz num grito
Um grito sentido e sedento
Que um dia ecoou triste e aflito

Mas que agora, neste momento
Ecoa belo, livre e irrestrito
Como o canto potente e corpulento
De um grande tenor erudito

E da ao teu vôo, andamento
Que posso afirmar, premedito
Será de muito encantamento
Alegria, saúde e renascimento
Meu maravilhoso pássaro bonito!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

CENTRAL DE SÃO PAULO
Nos anos 70, meu passatempo preferido era escrever muito sobre tudo e em qualquer estilo. Nunca tive muita dificuldade em redação na escola, e então resolvi escrever tudo o que me viesse à cabeça, desde pequenas poesias, desabafos, crônicas, editoriais, textos diversos e até (acreditem), discursos, sendo que um deles foi o da minha formatura de ginásio. Pois bem, na época, eu andava com um caderno e uma caneta e sempre que pintava alguma inspiração eu rabiscava instintivamente o que me vinha à mente, como que naqueles trabalhos de psicografia que costumamos ver na tv com aqueles médiuns como Chico Xavier, por exemplo, e eu faço essa comparação porque muitas vezes a inspiração vinha de forma mais rápida do que eu conseguia escrever, deixando textos e poesias incompletas.Um dia arranjei um emprego em uma multinacional, e nas horas vagas, continuava com meu caderninho anotando tudo o que me vinha à mente e isso, pra minha surpresa, não passava desapercebido, pois algumas pessoas viam aquele meu ato de sacar o caderno e escrever e ficavam curiosas para saber o que eu tanto escrevia. Uma dessas pessoas era a recepcionista da empresa, e sentindo confiança nela, emprestei meu caderno de anotações para que ela lesse. No final da tarde, ela chega para me devolver o caderno e com os olhos úmidos, me fala: -Nossa Zé Roberto, quantas coisas lindas estão escritas aí. Você nunca pensou em publicá-las? Eu disse: Não, são coisas pessoais e nem sei se os outros iriam gostar. E o papo ficou por aí.No dia seguinte, a copeira do escritório ao me servir o café, falou: -Olha Sr. José, a Márcia (recepcionista), me falou que o senhor escreve muito bem e eu queria lhe pedir um favor. Eu disse: -Peça!
Então ela disse: -É que eu briguei com meu namorado e gostaria de fazer as pazes com ele e gostaria de saber se o senhor não escreveria algo para que eu mandasse para ele. Fiquei constrangido, mas disse: Bom, vou fazer! E fiz mesmo! Na semana seguinte, ela veio me agradecer, dizendo que o namorado dela tinha voltado pra ela e coisa e tal e que tinha emocionado o cara. Fiquei feliz e continuei minha vida. Só que para minha surpresa a história se espalhou e um monte de gente começou a vir me pedir para escrever cartas, mensagens, cartões de aniversário e um monte de outras coisas mais que se eu contasse ninguém acreditaria Logicamente que muitas delas recusei porque você não consegue escrever direito para alguém que você nem conhece não é? Algumas eu levava na brincadeira e respondia, outras, fazia com prazer, mas no geral fui me distanciando de tudo isso até o dia em que sai da empresa e nunca mais vi aquela gente. Muitos anos depois, estou indo ao cinema para assistir ao filme Central do Brasil e me emocionei, não só porque o filme é belo, mas principalmente porque vi naquele filme uma grande coincidência com relação a minha história, guardadas as devidas proporções, é claro. Agora que voltei a escrever, resolvi contar essa história para todos vocês com saudade daquele tempo e após redigir o texto, fiquei pensando muito sobre que título daria, e em determinado momento resolvi fazer uma comparação bem humorada com o filme que eu havia assistido, e assim resolvi chamar esse texto de Central de São Paulo, imaginando minha mente como uma grande estação de trem, onde estou sentado, com um papel e uma caneta na mão escrevendo para todos, de forma caridosa e abnegada, tendo como único propósito, fazer o bem as pessoas. E sinceramente, espero em Deus estar atingindo meus objetivos! Muita paz a todos!

domingo, 23 de setembro de 2007

Descompasso e Conflito
Sinto teu lindo coração
Bater descompassado e aflito
Numa turbulenta e forte emoção
Num grande e sofrido conflito
Almejas dar passos largos
Com fé e com firmeza
Não queres mais caminhos amargos
Mas sim alamedas de cor e de beleza
Queres avançar
Mas avanças em segredo
Não queres tropeçar
Queres ir sem medo
Porque tens uma meta em sua mente
E se eu estiver errado você me diz
Queres uma nova vida, independente
Queres ter amigos, ter paz, ser feliz
E no que depender de mim
Sua meta vais atingir
Estruture seus planos e assim
O que desejas vai conseguir
E eu estarei aqui
Para te ouvir e aconselhar
Vibrando sempre por ti
Nunca deixando de orar
E eu quero te dizer
Com toda a certeza, eu juro
Muito feliz você vai ser
E vai ter um grande futuro
Por isso minha querida
Farás sempre parte dos sonhos meus
E repetirei pra ti sempre
Por toda a minha vida
Vá, avance, lute e vença
E fique sempre com Deus!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 36
Diário Estelar 1234567/36
Sistema Solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e Hora: Incertos
-Bom Zé Roberto, quando eu estava lá na terra, nos idos anos de 2.005, sempre fui um amante da poesia, e cuidava de minha comunidade com o maior carinho, porque a poesia na minha opinião, é a transposição para o papel de versos e palavras que podem modificar o mundo, podem transformar as pessoas para melhor, trazer paz de espírito, calma, tranqüilidade, esperança e muito amor para todos. Nas poesias retratamos os sentimentos mais diversos, desde as paixões, a ternura e o carinho, mas também as amarguras, os desafetos, as angústias, as tristezas e as alegrias, vitórias e conquistas. E nas poesias, usamos elementos da natureza e do espaço, para florirmos ou ilustrarmos nossos versos e nossas poesias. De uma infinidade de elementos que nos vem junto com a inspiração na arquitetura e criação de uma poesia, temos alguns em particular que constantemente povoam nossos pensamentos, como estrelas, a lua, o sol, as nuvens, a chuva, os ventos, as tempestades, a luz, os arco-íris e etc. Pois bem, depois te tanto ler inúmeras poesias que continham esses elementos, me senti tentado a vir até aqui o espaço para conhecer pessoalmente o maior número desses elementos que eu pudesse conhecer. Como você sabe, o turismo espacial barateou muito. Lembra que em 2004 por exemplo, só milionários podiam pagar para fazerem uma viagenzinha ao redor da terra? Hoje tudo é mais barato meu amigo! Eu consegui um super pacote com uma agência espacial de turismo e segui viagem até aqui.com o intuito de fazer um pequeno turismo espacial de alguns meses, mas me encantei quando cheguei por aqui ao ver todas essas maravilhas que povoam o espaço sideral. Como é lindo tudo isto, pensei! E depois de muita reflexão, resolvi sem muitos traumas continuar por aqui, vivendo a viajar, trafegando por galáxias e sistemas solares, “surfando” na cauda dos cometas, trilhando caminhos que eu nunca imaginei poderia trilhar. Depois de muitos anos luz viajando, resolvi fazer como naquele antigo filme Easy Rider, onde o maluco joga seu relógio fora, como que a dizer que não tem mais compromissos com ninguém. E é bem assim mesmo! Quando estava na terra eu pegava a minha bike e fazia questão de sentir a liberdade em forma de brisa batendo em meu rosto e para mim sempre foi a melhor coisa do mundo. Hoje aqui estou, mas a brisa que bate em meu rosto é a brisa da alegria de poder mais uma vez estar fazendo tudo aquilo que eu sempre quis...
-Nossa Bruno que lindo isso! Sabia que eu lá na terra fiz uma vez uma maratona de São Paulo ao Rio de Janeiro pilotando minha Bike? Foi uma das grandes emoções de minha vida, algo que não esquecerei mais, pode acreditar! Mas continue meu amigo. Desculpe a interrupção meu amigo Bruno, pode continuar...
-Sem problemas Zé Roberto, pode interromper sempre que quiser ok? Continuando então... Depois de muito navegar e viajar pelo espaço sideral, acabei jogando fora as minhas cartas estelares, a minha bússola e meu GPS. Mas fiz isso de forma consciente, de caso pensado, pois queria mesmo viver essa nova aventura, trilhar esses novos horizontes e sentir novas emoções. Ficava me perguntando que tipo de poesia se fazia por aqui, pois sempre ouvira falar do “Som Celestial” e da “Música Celestial”, mas e a “Poesia Celestial”?? Dessa ninguém nunca falou. Daí resolvi eu mesmo procurar a fonte dessas poesias lindas que deveriam povoar esse universo. Uma vez li num livro espírita que as músicas compostas e executadas no plano espiritual eram de uma beleza tal que nem em sonho daria pra descreve-las!
-Nosso Lar de André Luiz, Bruno??
-Sim Zé Roberto, esse mesmo... A minha busca por tal poesia é algo que ainda me persegue e tenho a certeza de que qualquer hora, chegarei na região da escrita, na planície dos contos, na cidade dos versos e nessa cidade, tenho a plena convicção de que encontrarei o meu pote de ouro, o final do arco-íris, o tão sonhado “Solar da Poesia”!
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quarta-feira, 19 de setembro de 2007




O Lobo do Porto


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Num cais vazio

A beira do porto

Sujo e sombrio

Encontro-me morto

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Meu corpo inerte

Espera sem vida

Que minha alma se liberte

Desta agonia dolorida

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O lixo se espalha

E o vento o varre por cima de mim

Cobrindo minha triste mortalha

Como que a coroar o meu fim

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Vejo o escuro

Que se dissipa no horizonte

Dando lugar ao astro nascituro

Que surge por traz da ponte

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Tento num grande esforço

Mover-me para a luz

Mas para a beira do poço

Meu espírito se conduz

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É quando pressinto

A aproximação

De um lobo faminto

Que vem em minha direção

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Tento me mover

Mas não consigo

Ele vai me morder

Corro perigo

---------------

Mas estou morto

E nada posso fazer

Neste sujo cais do porto

Para me defender

----------------

E sou devorado

Sem dó nem piedade

Mordido e despedaçado

Com sadismo e maldade

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Perdi o sopro de vida

Que de meu âmago logo se esvaiu

Oh lobo homicida

De onde tu surgiu?

---------------

Mas ele sem se importar

Retira-se neste triste arrebol

Para depois de se saciar

Ir feliz da vida descansar

Sob a brilhante Luz do Sol...
DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 35
Diário Estelar 1234567/35
Sistema Solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e Hora: Incertos
-Não tenho trocado menino! Aliás, não tenho dinheiro nenhum!!! Aceita umas pílulas de chiclete? Duram cinco dias sem perder o sabor... Mas olhe direito a minha nave hein? Se tiver um risquinho sequer já sei quem foi, ok?
Vamos entrar aqui neste buteco espacial.... Olá, Olá, como vão vocês? Alguém aí fala a minha língua? There's anibody here?
-Deixa de ser besta, é claro que falamos cara!!
-Ih, esse é brasileiro com certeza e pelo jeito é paulista, pois pelo sotaque reconheço de longe...
-Posso me sentar aqui e tomar uma bebida com vocês?
-Sim, claro que pode! sente-se que lhe pagamos uma bebida.
-Garçom traga um “Pirata on the rocks” pro meu amigo aqui!
-On the rocks?? Mas onde vocês arranjam gelo aqui? To impressionado!
-Impressionado estamos nós! Você nem parece brasileiro! Você não sabe que os brasileiros sempre dão um jeitinho?
-Pois é...Mas aqui em cima? Como?
-Simples meu amigo, na cauda dos cometas existe uma grande quantidade de gelo você sabia? Pois é. Então, é só esperar o cometa passar e então montamos na cauda dele e com o picador, retiramos a quantidade de gelo que precisamos. Temos que raspar bastante porque alguns cometas só passam de 76 em 76 anos, entende? Capiche??
-He he he he he he he ... Brasileiro não tem jeito mesmo até aqui em cima da um jeitinho, putz!
-Mas meus amigos, de onde vocês são? Queria aproveitar essa gentileza toda pra perguntar a vocês, não só de que região do Brasil vocês são, mas principalmente, queria contar-lhes a minha história pra ver se vocês podem me ajudar em um probleminha que estou tendo...
-Probleminha amigo ??? Hummmmmmm sei não. Outro dia apareceu um viajante espacial aqui dizendo que estava com um probleminha e que precisava de nossa ajuda. Pois bem, nos dispusemos a ajudar e sabe qual era a ajuda que o cara queria? Era pra ajudar a empurrar a nave dele que estava sem bateria e precisava pegar no tranco, pode?? Êta nave pesada aquela!! Vinte homens pra empurrar uma lata velha fabricada em 2.005. Pagamos os nossos pecados e o cara não disse nem muito obrigado!
-Ah não, não é isso não meu amigo! Estou precisando de um outro tipo de ajuda...
-Ah bom, que susto! Então vamos nos apresentar primeiro, tomaremos um gole desse pirata e conversaremos. Eu sou Bruno, muito prazer e você?
-Eu sou Zé Roberto meu amigo Bruno. Bruno, esse nome não me é estranho...
-Ah sim, lembrei... É que lá na terra eu tinha na antiga internet uma Rede de Comunidades da qual eu fazia parte e nessas Rede de Comunidades tínhamos uma série de amigos, que horrorosamente teimavam em chamar de “Rede de Membros”, e um desses amigos era o Bruno. Aliás, ele tinha também uma super comunidade naquela rede, cujo tema era a poesia. Nossa, show de bola era! Li muita coisa bonita ali. Poesias lindíssimas. Sempre me espelhei naquelas poesias para ver se aprendia um pouco sabe? Digo isso, pois a minha poesia sempre foi livre, meio sem regras, métricas, uma escrita saída do coração e que era pura, de improviso. Quantas vezes escrevi de pronto um texto ou uma poesia? Muitas vezes! E sempre dava uma passadinha lá no... no.... Como era mesmo o nome daquela comunidade? Ah sim, Solar da Poesia! Lindo nome não? Mas espera um pouco! Eu estou falando, falando e falando sobre poesia e nem sei se você gosta. Me desculpe amigo Bruno!
-Desculpar porque? Poesia é a forma de registrarmos nossos sentimentos com emoção, carinho, ternura, saudade, esperança, desejo, vibração e amor, muito amor... Sabe, acho que sem a poesia o mundo não teria a cor que tem, seria cinza, frio, nebuloso e sem alma, você me entende??
-Claro que te entendo Bruno, aliás, fico muito feliz em saber que você também gosta de poesia como eu. Acho que nos daremos muito bem.
-Com certeza meu amigo, e mais ainda agora por eu saber que você era o proprietário da Comunidade Espaço da Escrita do 1Grau.
-Como?? O que??? Como sabe disso??
-Eh eh eh eh eh eh...Prazer Zé Roberto, sou Bruno Oliveira!!
-Minha nossa Senhora Virgem Santíssima!!!! Não acredito......Você está falando sério?
-Sim Zé Roberto, nunca falei tão sério na minha vida! Quer que eu te mostre a minha identidade estelar??
-Não, não precisa, é que eu estou boquiaberto!!! Puxa Bruno, me conte como veio parar aqui.
-Conto com prazer Zé Roberto, é pra já, mas antes...Garçom, mais dois piratas aqui, por favor!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 34
Diário Estelar 1234567/34
Sistema Solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e hora: Incertos
Puxa, agora visualizo melhor... Aquilo que eu julgava ser um aglomerado de estrelas é na verdade uma porção de naves estacionadas numa espécie de loja de conveniência que fica em um PCE (Posto de Combustível Espacial) e as naves estão ancoradas, ou melhor, amarradas, ou melhor paradas, ou melhor, sei lá pô, estão lá e pronto!! Volto agora a ser criança e me lembro daquele desenho que se chamava “Os Jetsons”. Quem tem mais de 25 anos deve se lembrar. Será que encontrarei o George Jetson, o Elroy ou seu cachorro Astor?? Quem diria que eu um dia iria fazer parte de um mundo, ou melhor, de um universo que nos anos 60 foi idealizado por Hanna e Barbera hein? Se eles estivessem vivos hoje diriam: Estão vendo o que nós prevíamos?? Tudo está aí como nós havíamos previsto, tin tin por tin tin...Cheguei, finalmente!! Quanta gente! Eu não conheço ninguém, ao menos não me lembro de nenhuma dessas caras aqui. Queriam que vocês vissem esse pessoal aqui. Muitos acham que os habitantes dos planetas afastados são criaturas horrendas, feias, verdes, com olhos grandes e aspecto aterrador não é? Nada disso meus amigos, aqui vejo uma porção de gente simpática a ponto de dizer que feios mesmo somos nós os humanos. Imagine se num planeta bem distante de nosso sistema solar um astronauta da Nasa chegasse e pousasse sua nave?? O que os habitantes desse planeta não diriam de nosso astronauta?? Não quero nem pensar o que eles diriam, mas coisa boa é que não seria. Pra nós as Marcianas ou as Venusianas (ou Venuzianas?) são criaturas horrendas, mas para eles devem ser verdadeiras Sharons Stones. A beleza está no interior e não no exterior, pelo menos eu vejo assim. Olhando essas criaturas todas aqui conversando animadamente encostadas em suas reluzentes naves prateadas, reforço ainda mais a teoria que tinha na terra de que os seres extra-terrestres não são hostis. Na verdade, nós é que os julgamos assim e na minha opinião ainda, os relatos de seres humanos que foram maltratados por seres de outro planeta precisam ser melhor estudados. A minha teoria é a de que os seres extra-terrestres são seres mais evoluídos e se assim o são, aprenderam mais do que nós as lições de fraternidade e amor ao próximo. Se eles são mais evoluídos, pra que invadir o planeta do próximo? Porque ferir? Porque matar ou fazer experiências?? Lembro-me claramente que nos idos anos 70, assisti a um filme de um antigo diretor chamado Steven Spielberg chamado "Contatos Imediatos de Terceiro Grau e chorei no cinema ao ver aquela relação amistosa que os homens conseguiram ter com os “alienígenas”, graças a aqueles códigos luminosos, sonoros e musicais. Os seres de outros planetas responderam a altura dando-nos mostras claras de que são sim amistosos e que na verdade podem estar querendo nos ajudar. É, o velho Spielberg estava certo. Olhem isso!! Quanta amizade e cordialidade vejo aqui. Todos bebendo seus piratas harmoniosamente em um clima maravilhoso. Mas onde estacionarei?? Será que aqui tem manobrista?? Acho que não. Vou colocar minha nave naquela vaguinha ali, apearei de meu cavalo de aço voador e vou me juntar ao povo pra saber das novidades e colher as informações que eu preciso. Opa, vem um menino falar comigo, deixa eu abrir o canal de comunicação externa pra ouvir o que ele tem a me dizer.
- Diga lá menino, o que quer?
-Moço, posso tomar conta de sua nave??
Ah não!!!! Até aqui tem flanelinhas?? Caramba....
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Música do Dia: Coração de Rei - Zé Geraldo

TE VER FELIZ
***************
Te ver feliz assim
É para mim uma recompensa
Uma emoção sem fim
Uma alegria imensa
**********
Ao ver em seus olhos a beleza
E o brilho radiante
Acabo tendo a certeza
De que deves ir adiante
**********
Ao sentir seu carinho
E o seu agradecimento
Prevejo em seu caminho
Um lindo e grandioso momento
**********
Um futuro lindo
Harmonioso e colorido
Como um jardim infindo
Extremamente florido
**********
Que será alicerçado
Pela sua perseverança
E será marcado
Por extrema bonança
**********
E assim será infinitamente
Mesmo que alguns tentem te deter
Tenha sempre isso em mente
Você com certeza irá vencer
**********
E então, num breve futuro
O sucesso pleno você alcançará
Prevejo isso, eu juro
Com o tempo você verá!
**********
Por isso peço á Deus
Com muita emoção e carinho
Que me permita ser parte dos sonhos seus
Para trilhar junto de ti este lindo caminho
**********
A fim de que possa ver
Você feliz e plenamente realizada
Para então com os olhos marejados poder te dizer:
Não te falei, minha amada?
**********

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

A BENÇÃO DA FAMÍLIA
Quando somos gerados, vivemos no ventre materno durante nove meses e nesse período, embora não nos lembremos, passamos por experiências, sentimos medos, receios e temos muitas das sensações que nós adultos temos. Dizem os especialistas que a criança absorve no ventre materno, muito do mundo externo, por isso aconselham aos pais que mantenham sempre o equilíbrio no lar e que procurem passar para o bebê, um clima de tranqüilidade, paz e harmonia, clima esse que deve reinar entre o casal, porque se assim for feito, as crianças, além de nascerem saudáveis, trarão dentro de si todos aqueles fluidos amorosos que receberam da mãe, do pai e dos irmãos mais velhos. Com o passar dos anos, a tendência lógica e natural é a de que essas crianças, envolvidas desde o ventre materno em amor, transmitam esse mesmo amor não só para seus pais e irmãos, mas também para os seus amigos, se tornando um exemplo para muitos, pois esbanjam vibrações positivas, fraternidade, carinho e respeito. Qual é a tendência então depois disso? A tendência meus amigos é a de que os filhos desses filhos gerem filhos também envoltos nessa atmosfera maravilhosa, que irão transformar esse circulo da vida e das gerações em algo que vai causar admiração na maioria das pessoas que tem lares não harmônicos e desunidos. Algumas pessoas podem até dizer: Ah, mas isso é impossível!!! Podem acreditar que isso é plenamente possível meus queridos!!! Tudo é possível quando o amor permeia o coração das pessoas, a mente das pessoas e o lar onde elas habitam. O amor une, o amor perdoa, o amor faz bem, o amor modifica, o amor ampara, o amor tolera, o amor entende e o amor faz muito bem. Nada como um amor de mãe para fazer curar a dorzinha de um filho. Qual de vocês quando criança já não se machucou e a mãe de vocês chegou pra vocês e disse: Chora não filhinho(a), mamãe vai dar um beijinho no dodói e já já vai melhorar! E não é que melhora?? Pois é, são exemplos como esse que me fazem acreditar na força do amor e da união das famílias. Querem outro emocionante exemplo? Vi num telejornal dia desses, a história de uma família de Minas Gerais, que tem aproximadamente 30 pessoas e todo santo dia almoçam juntas! Pais, mães, filhos, filhas, netos, netas, sobrinhos, sobrinhas, genros, noras e etc, todos juntos celebrando a união da família. As mulheres se revezavam para fazer a comida e tudo numa grande harmonia e alegria! Na mesa, brindes e tchim-tchims de saúde e união. É lindo isso!!! Por isso, quando hoje em dia vejo famílias que se unem, que comungam as refeições juntas, que se conversam, eu me espelho nesses exemplos para trazer para dentro de meu lar essas mesmas coisas boas, essas mesmas energias positivas que muitos trazem para dentro de seus lares. Como é lindo ouvir um amigo dizer: Amo meus pais e meus irmãos e nós nos amamos! Isso é algo que não dá pra explicar, é incrível! Por isso, quero neste momento, mostrar a minha mais profunda admiração por todas as famílias que se unem e que se amam verdadeiramente, porque dão o exemplo que muitos de nós precisamos para nos melhorar. Que Deus possa derramar muita luz entre os integrantes dessas famílias e que o amor de Jesus esteja sempre dentro dos corações de todos. Para aqueles que tem a família ainda em desajuste, oro para que a luz se faça no seio familiar e que essa luz se expanda, modificando o interior de todos os componentes dessas famílias. E que essa luz possa ser o prenúncio de uma infinita era de fraternidade, amor e união!!! Que assim seja, amém!!
DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 33
Diário Estelar 1234567/33
Sistema Solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e Hora: Incertos
Meu detetor de presença está acusando a proximidade de alguma coisa e preciso ter cuidado. Foi só eu falar de cuidado, coisa e tal e acaba acontecendo. Que boca a minha hein? Vamos ver... Hummmm.. Estou vendo lá na frente um aglomerado de estrelas bem brilhantes que piscam sem parar. Estrelas? Uai, elas me parecem um pouco diferentes das estrelas normais, ao menos eu nunca vi tais astros assim. Deixa eu me aproximar mais um pouquinho e conseguirei ver melhor. É interessante como minha nave está mais rápida. Ela flutua com mais velocidade e isso é espantoso. Será que foram aqueles lastros que dispensei naquela lixeira espacial ali atras? Vocês nem perceberam... Também, acabei não falando pra vocês né? Mas quando estava estacionado ao lado da nave PPZRS, vi uma caçamba espacial de lixo e aproveitei para jogar algumas coisas fora que só estavam empatando espaço dentro de mim. Mágoas e dissabores, desilusões, esperanças perdidas, sentimentos não correspondidos e algumas imperfeições morais. Não parece, mas isso pesa e muito. Me sinto bem mais aliviado e isso se reflete na velocidade com a qual navego. Mas tenho a perfeita convicção de que aliviarei ainda mais o fardo que carrego dentro de mim e dentro de minha nave e então, assim que eu estiver bem tranqüilo, viajarei na velocidade de uma Enterprise, podem acreditar. Aliviar-se de imperfeições morais e defeitos, e fazer uma reforma íntima, acaba fazendo com que nosso espírito se purifique, se torne mais leve e isso se intensifica a cada mudança pra melhor que acontece em nosso interior e a mudança em nosso interior, acaba se manifestando em nosso exterior, melhorando nossa relação com o mundo como um todo. No livro Espírita “Nosso Lar”, obra ditada pelo espírito de André Luiz para o médium Chico Xavier, aprendemos que os espíritos puros, ou de luz como queiram alguns, chegam a um estágio de evolução tal, que eles não precisam mais andar, eles “volitam” (Volitar seria mais ou menos como flutuar no ar para se locomover) facilitando assim a sua locomoção pelas localidades para as quais desejam se deslocar. Será que um dia volitarei? Tomara que isso não demore. Estou tentando me esforçar para chegar lá. Tenho ainda vários defeitos que pretendo jogar fora passo a passo. Uma mudança radical em vários desses defeitos é praticamente impossível de uma hora para outra. Mas com fé, paciência, perseverança e muita força de vontade chegarei lá. Então o que esperar? Mãos á obra! Vamos trabalhar não é? Eu disse “vamos”, porque algumas pessoas, como os amigos, tem uma grande participação nesse processo, apontando falhas, defeitos e imperfeições. E é isso que eu quero que os amigos façam. Assim que eu os reencontrar (e espero que seja em breve) correrei pro abraço e solicitarei a cada um deles a sua colaboração no sentido de me ajudar nessa mudança.Hummmm... Estou mais perto daquele aglomerado de estrelas e o engraçado é que eu tenho a nítida impressão de que não existe uma só cor ali. É como se as luzes piscantes fossem multicores. Espera... E são mesmo! Minha Nossa Senhora Desatadora dos Nós!!! Meu “Padim Padi Ciço!!” Aquilo ali não é um conglomerado de estrelas coisa nenhuma! São dezenas e dezenas de naves espaciais estacionadas em algum lugar que não consigo decifrar ainda. Vivaaaaaaaaa!!!!!! Pode ser que ali esteja a solução de meu problema, a rota que eu procuro para voltar pra casa. Não é possível que dentre tantos navegantes ali estacionados não exista ninguém que não saiba me ensinar o caminho de casa. Vou acelerar ao máximo! Tomara que meu motor não exploda. Vruuuuuuuummmmmm... Nossa, até cantei pneu!!! Vixe, essa foi podre hehehehehehehe....
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domingo, 16 de setembro de 2007

FRASE DO DIA:
"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim"
(CHICO XAVIER)
O TEMPO
O tempo é o espaço percorrido em nossas vidas que marca desde o mais simples dos segundos, até a mais longa das horas. O tempo pode ser medido em minutos, em dias, em anos e até em séculos. Precioso aliado na confecção de projetos, na resolução de problemas, no vingar das plantações e na colheita dos frutos, o tempo pode ser benéfico ou maléfico, dependendo daquilo que estamos fazendo. Se nós guardamos nosso dinheiro na poupança, o tempo é um precioso aliado, pois nosso dinheiro rende e nos dá juros e correção monetária. Se amamos loucamente, o tempo prolonga o nosso prazer e nos faz feliz. Mas se temos uma tarefa importante pra fazer, principalmente no nosso serviço, o tempo se torna um inimigo, principalmente quando o volume de serviço é maior que o tempo que temos para realizar tudo o que temos a realizar. O tempo também é importantíssimo para que qualquer desavença existente entre dois seres humanos possa desaparecer, pois com o tempo raciocinamos, repensamos atos feitos, pedimos e damos desculpas e perdão e acabamos entrando em um novo entendimento, em uma nova amizade, em um novo relacionamento amoroso, em uma nova sociedade e enfim, em uma nova vida a dois, três, quatro ou quantas pessoas estiverem envolvidas. Bom seria se pudéssemos controlar o tempo, fazer o relógio parar ou movê-lo para trás, pois poderíamos fazer com que muitas das coisas que fizemos ou deixamos de fazer e das quais nos arrependemos amargamente, pudessem ser revistas, melhoradas, ou realizadas com segurança. Que bom seria se pudéssemos voltar no tempo, rever situações, reencontrar amores, amigos que se foram, consertar estragos, refazer ou recomeçar projetos inacabados não é? Mas infelizmente isso nunca será possível, então o que temos a fazer é tentar usar o tempo perdido, o tempo que se passou como uma grande experiência que nos faça repensar gestos, atitudes e ações que nós fizemos, porque assim, poderemos mudar a nossa história e fazer um novo futuro mais rapidamente do que podemos hoje. Por isso, usar cada segundo de nosso tempo de forma pensada e racional é imprescindível para que vivamos bem tranqüilos. Assim, desejo que o tempo na vida de cada um de vocês meus amigos, seja sempre um aliado, um amigo e que ele ajude a todos a ter ainda mais felicidade e mais certeza de que estão no caminho certo, no rumo certo, na direção certa. Que o tempo possa trazer experiência, segurança e muito progresso e que no decorrer desse precioso tempo, mais amores e mais amigos se aproximem de cada um de vocês, trazendo tempos super felizes e eternos e uma colheita produtiva e farta.Muita paz á todos e que Deus traga a cada um tempos felizes e tranqüilos!
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O Tempo - Celso Adolfo
Cai mais uma tarde no lugar
Janela aberta para bem-te-vis
Telhados de rubis e colibris
Eu sofro asas derramando o olhar
Os sete anzóis da minha cicatriz
Aonde ando ouço lambaris
O galo brinca as cores de manhã
A tarde veste cascas de maçã
Atrás da moita tempo tudo vê
Eu temo os seus abraços de punhal
Espicho o dia de ele me perder
Eu guardo o meu sossego no embornal
O tempo está na ponta do punhal
Engulo seco, fico branco assim
Eu pulo e salto, o medo ri de mim
O medo veste o seu capuz de sal
O tempo trinca a pia batismal
E trinca a madrepérola missal
Só vem rasteiro, anda sempre assim
O tempo é lodo, é parede abissal
O boi balança o dia devagar
O dia cai e quebra a telha do curral
Do rio vem o rio desigual
O tempo soma sombra e temporal
A pedra espanta os anjos do vitral
Céu arrebenta a bolha do luar
A tarde cai, ouro cai do altar
O tempo é noite e dia sem parar
A noite é estrela de uma luz escura
O olhar segura a escuridão no ar
A noite busca a noite na fundura
O tempo cai da altura, vem buscar
E tudo quanto existe vai girar
E todo céu o seu e o meu lugar
E tudo dobra e tudo vai curvar
O tempo é "multitudinoso mar"