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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 24
Diário Estelar 1234567/24
Sistema Solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e Hora: Incertos
-Zé Roberto meu filho, o que foi? Porque choras? O que aconteceu? O contato com a nave mãe não era tudo o que você queria?
-Sim Raul (snif, snif) estou chorando exatamente por isso mesmo. Choro por receber a comunicação da Nave Mãe e por saber que meu lugar está lá, reservado, com muito carinho e que serei sempre bem recebido. É inacreditável a emoção que sinto amigo Raul. Não dá pra descrever! Ser amado por alguém, mesmo que a distância, produz no coração uma sensação que não tem descrição. Acho que o amor é um fluido vital que precisamos tanto quando o ar ou a comida e quando nos vemos privados desse fluido, é como se entrássemos numa espécie de “Anemia Espiritual”, você me entende meu caro Raulzito? Ficamos fracos, nossa pressão arterial cai e nossos batimentos cardíacos se tornam mais lentos e parodiando o seu colega Alceu Valença, acaba “causando um descompasso no nosso coração”. Quando somos amados, recarregamos nossas baterias espirituais e então nos tornamos fortalecidos, firmes em nossa caminhada e com um ânimo renovado de seguir em frente, lutar pelos nossos ideais e viver uma vida plena e feliz. Por isso choro Raul, mas é um choro de felicidade. Achei que a Nave Mãe tinha me abandonado, que eu ficaria abandonado a minha própria sorte, mas agora vejo que a luz no final do túnel efetivamente existe e do outro lado desse túnel existe a saída para todos os meus atuais problemas. Agora vislumbro novos horizontes, vejo a possibilidade de ser realmente feliz e em paz comigo mesmo e posso te afirmar Raul, o seio da Nave Mãe é um lugar onde quero sempre encostar a minha cabeça para poder Ter os meus cabelos afagados e meu rosto ser acariciado. Agora mais do que nunca sei disso. Sinto a confiança necessária para crer que sou muito amado e que se houver uma oportunidadezinha sequer, poderei ter novamente todos aqueles momentos maravilhosos que tive quando estive ancorado em seu hangar. Enquanto essa oportunidade não vem, espero tranqüilo sabendo que o vínculo que existe entre nós agora é um vínculo de fraternidade e de ajuda mútua. E nesse momento, peço a Deus que me nos ajude para que seja sempre assim. Que o amor seja sempre uma constante porque enquanto nos amarmos, mesmo como grandes amigos, irradiaremos esses fluidos positivos de pura energia magnética e todas as naves que estiverem ao nosso lado, ou que cruzarem o nosso caminho, serão beneficiados e receberão essa chuva de amor, em pequenas gotículas que irão cair sobre elas e trarão um bem estar maravilhoso, porque essas gotículas virão embebidas com as nossas melhores intenções e com os nossos pensamentos. Raul meu querido, não sei como agradecer-lhe por tudo o que fizeste para este amigo aqui e tenha certeza, poderá sempre contar comigo para tudo o que você precisar. Quando eu cruzar com o CCG (Comando Geral Central de todas as Naves Estelares) estarei recomendando a eles que lhes entreguem uma medalha de honra ao mérito pelos seus serviços neste espaço longínquo, onde batalhas pela ordem, pela paz e pelo amor de todos. Creio Raul, que no futuro poderei ver aqui no firmamento, uma grande Sociedade Alternativa Estelar, mas enquanto isso não acontece, batalhe sempre por todos nós Raul, pois precisamos de você. Agora peço ao amigo que me dê licença pois vou retornar a minha nave e refletirei profundamente sobre tudo o que aconteceu comigo nesses últimos nove meses para dessa reflexão, poder retirar o sumo de tudo o que foi bom e esquecer as rotas erradas, os desvios infundados e todas as estradas sem saída que já peguei. Até mais Raul, Deus lhe pague por tudo!Até logo Zé Roberto meu amigo viajante! Mas antes de ir, me responda: Enquanto não reencontra a Nave Mãe e recupera as cartas estelares, o que fará? Continuará vagando pelo espaço sem rumo?Não Raul, irei sim pelo espaço. Levantarei a âncora, mas tenho certeza de que o piloto automático de minha nave dessa vez fará com que eu vá gradativamente reencontrando minhas coordenadas e a força de atração, fará com que eu me aproxime cada vez mais de onde quero e tenha certeza meu amigo Raul, daqui para a frente, seja o que for que esteja destinado para mim, uma coisa tenho certeza, serei feliz a meu modo, porque sou amado, sei que não só a Nave Mãe, mas as naves que a circundam me querem bem e me alicerçam em meus propósitos e quer saber mais? Algumas naves que circundam a Nave Mãe, muitas vezes já me ajudam sem saberem, quando me mandaram sinal de rádio ou mesmo uma mensagem eletrônica pelo Outlook 2.020 e nunca terei condições de agradecer a essas naves pela caridade pura e abnegada que fizeram por mim. Deus é quem vai pagar a eles por tudo. Bom, estou partindo Raul, até mais ver! Que você possa ser cada vez querido entre todos lá na terra. Estamos em 2.020 e lá no orbe terrestre, das favelas aos grandes casarões, todos curtem o grande maluco Raul Seixas!!!!
-Ok amigo, conte sempre comigo meu caro viajante estelar. Boa viagem amigo! Aqui está o seu passaporte selado, registrado, carimbado e avaliado! Vá com Deus meu amigo!Até mais ver... Bye...
DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 23
Diário Estelar 1234567/23
Sistema Solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e hora: Incertos
-Companheiro, aumente o rádio comunicador aí, vamos ouvir o que ele está captando...
-Aqui é a Nave Mãe, emitindo seus sinais para o cosmos, alguém na escuta? Câmbio??
-Sim Nave Mãe, aqui é PPZRS na escuta, estávamos mesmo a sua procura pelo espaço sideral. Onde está você agora?
-PPZRS, estamos nas coordenadas 345LN e 567LO, próximo do quadrante de Escorpião. Estacionamos aqui para podermos rastrear toda e qualquer nave que se encontra perdida no espaço sideral.
-Mas Nave Mãe, aqui é Raul que fala, comandante da PPZRS! Estamos com um viajante errante aqui que disse para mim ter se perdido depois de sair de seu hangar. Hoje vaga pelo espaço, sem rota e sem rumo. Sua carta estelar que o levaria de volta para casa, ele esqueceu aí dentro da Nave e sem ela não conseguirá retornar nem reencontrar sua rota.
-Comandandte Raul, passe-me o código dessa nave ou melhor, deixa-me falar com seu comandante desta nave errante, por favor!
-Ok Nave Mãe, passo o rádio para Zé Roberto, o comandante da nave ZR001PT, câmbio final, desligo!
-Nave Mãe, aqui é Zé Roberto, na escuta! Lembra-se de mim? Embarquei no planeta terra á 10 meses agora, está lembrada? Mas quando sai do hangar me lembrei de que havia esquecido meu plano de vôo e quando me dei conta, você já tinha ido embora na velocidade da luz. Fazem, 5 meses que procuro por um sinal e só agora, graças aos potentes radioscópios da nave PPZRS é que consegui este contato. Como você está e onde está? Sinto saudades de ouvir suas comunicações e necessito retornar a sua base para ancorar um pouco e recolher aquilo que eu preciso para retornar a terra. Raul meu amigo já me supriu de alguma provisão que me permitirá viajar pelo espaço por mais algum tempo, mas depois disso, sabe-se lá Deus o que eu encontrarei pela frente? Quem sabe eu não seja sugado por um buraco negro, ou mesmo seja destroçado por algum meteoro? Ajuda-me Nave Mãe, preciso muito de vocês!
-Calma Zé Roberto, irei ajudá-lo! Gosto muito de você e você é uma de nossas melhores naves. Perdemos contato por um tempo, devido a distância das telecomunicações. Engana-se você, se pensar que nesse atual estágio em que nos encontramos, as comunicações são perfeitas, pois não são. Lembra-se do Velho Bill Gates? Está vivinho da Silva meu caro e meu Windows Média Player versão 2.020 ainda dá pau de vez em quando. Outro dia, estávamos quase rastreando a sua rota, quando de repente uma mensagem foi estampada sobre a tela: “Este programa efetuou uma operação ilegal e será fechado”. Pode?? Ilegal na minha opinião é o programa dar pau nos dias de hoje. Lembra-se quando trabalhávamos com os antigos Windows 2.000, Windows XP e etc e estes davam pau toda hora? --Sim Nave Mãe, claro que me lembro. Eu teclava com uns amigos pela Internet naquele velho comunicador instantâneo que se chama MSN e dava pau toda hora. Eu travava sem parar. Mas porque pergunta?
-Eu pergunto Zé Roberto, porque na época, éramos como verdadeiros ratinhos de laboratório da Microsoft e tomávamos diversas injeções para que reagíssemos dessa ou daquela maneira. Achava que um dia, graças a nossa valiosa colaboração, teríamos um produto perfeito e inclusive, sonhei em ver na porta da Microsoft uma placa com o nome de todos os ratinhos que tomaram injeções, choques e que passaram pelas mais variadas experiências, mas qual o que? Nem obrigado nos deram.!! Os programas ainda hoje continuam travando sem parar. Não é triste? Mas contei tudo isso para dizer o seguinte: Eu mais do que ninguém sei do teu valor, reconheço tudo aquilo que você já fez e tenha certeza, serei sempre grata por isso. Aqui na Nave Mãe, seu lugar está reservadinho como sempre esteve. Vamos fazer todo o possível para resgatar você assim que possível, ou ao menos, manteremos você abastecido de suprimentos vitais por naves cargueiras, até que você consiga regressar até a mim. No caminho que vou traçar pra você, existem vários armazéns siderais, onde poderá encontrar tudo aquilo que precisa para a sua subsistência espacial e acredite, só não estamos em contato direto e constante por uma questão de logística, comunicação eletrônica ruim e também pelo excesso de trabalho que meus operadores de rádio estão tendo pata recuperar, gravar e decodificar os sinais recolhidos do espaço. Tenha paciência. Você é muito querido aqui e em breve estará novamente ancorado em seu hangar preferido, que se encontra vago a espera de sua volta. Comandante Zé Roberto. Aguarde então as instruções que lhe enviarei pelo transcomunicador espacial ainda hoje e fique tranqüilo! Ajudarei você naquilo que eu puder, para que recupere a sua carta estelar e regresse a terra de volta aos seus. Câmbio final e desligo Comandantes Zé Roberto e Raul, até breve!!!

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quinta-feira, 23 de agosto de 2007

DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 22
Diário Estelar 1234567/22
Sistema solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e Hora: Incertos
-Como eu dizia meu caro Zé Roberto, tenho a certeza de que se você procurar realmente a carta estelar em seu interior, vai ver que ela estará encravada em algum lugar, ou em seu coração ou lá no fundo de sua mente. A coragem de vencer é que vai levar você a alcançar os seus objetivos pessoais meu amigo. As vezes, a batalha é dura, você parece que vai esmorecer, mas então é aí que você deve se munir de toda a fortaleza e de toda a perseverança para conquistar os montes mais altos da evolução e da renovação. Aprendi muito com a vida enquanto estava na terra e tenho certeza de que se tiver uma outra oportunidade de voltar para lá, usarei os conhecimentos adquiridos para não errar mais. Ás vezes entendo perfeitamente o que você gostaria de me dizer. Com certeza você entra em conflito com você mesmo por não se encontrar e mais do que isso, busca respostas para saber o porque de certas mudanças, mas saiba de uma coisa, esse universo é vasto, muito vasto. Quantos planetas, estrelas e estações espaciais não teriam condições de abrigar você e seus sentimentos? Inúmeros! Eu tenho andado pelas fronteiras siderais e vejo muito isso. Estações espaciais maravilhosas, dotadas de todo o conforto e de toda a segurança. Me parece que não é bem isso que você quer não é?
-Sim Raul, quero colo, quero reencontrar o meu “eu”, quero respirar novamente o ar da renovação e da tranqüilidade e mais do que isso, quero voltar pra casa o mais rápido possível, reencontrar minha família e meus amigos, que estão muito longe.
-Isso Zé Roberto! Força, e determinação! É isso que você precisa. Estarei aqui para lhe ajudar no que for necessário!
-Puxa Raul, tantas vezes eu ouvi você cantar, me emocionei em ouvir várias de suas canções e agora mais do que nunca entendo a lição que muitas delas contém. -Você está certíssimo!!! Eu é que não vou me sentar no trono de um apartamento qualquer para esperar a morte chegar! Nada disso! Vida nova!!! Ares novos!!! Se o meu destino for o de não regressar mais a terra, ao menos encontrarei meu porto seguro, meu hangar, ou uma base de descanso para poder fazer a etapa em duas viagens. Pode acreditar, assim que eu encontrar alguém que me dê combustível e suprimentos, abastecerei minha nave a zarparei de volta a minha jornada, ou de volta para casa, ou rumo a um novo planeta, concorda Raul?
-Sim claro! Faça isso já e terás todo o meu apoio. Siga em frente e vá se guiando pelo seu instinto. Promessas tentadoras você terá de monte, mas é preciso tomar cuidado com o que encontrar. Lembra quando eu e o Marceleza cantávamos que “O problema é muita estrela pra pouca constelação?” Reflita sobre isso meu caro e vai descobrir a chave de um grande mistério que te causa muita agonia. Zé Roberto, estou vendo que está chegando mais um boletim da nossa Agência Espacial. DEixa eu pedir ao meu oficial para reportar prta nós as notícias. Pode reportar para nós meu filho?
-Comandante Raulzito, este boletim que chegou agora também não é nada animador. A Nave Mãe realmente está distante e a comunicação é muito precária. Descobrimos também outros sinais vindos de algumas regiões diferentes do espaço que buscam contato com a Nave Mãe. Alguns já desistiram, outros estão bem fortes. Notamos que a freqüência de alguns é bem forte, já de outros, é fraca, quase não conseguimos decifrar.
Tudo bem, obrigado meu filho, pode regressar a seu posto e continuar seu trabalho!
Zé Roberto, vamos a ponte de comando. Lá tenho uma estação de rádio freqüência e podemos rastrear algo por esse espaço.
-Puxa Raul, pelas minhas contas, estou aqui há umas 3 horas. Não estou incomodando não né?
-Claro que não, sinta-se á vontade meu caro! A casa é sua ou melhor, a nave sua. Vamos pegar mais um pirata e umas pílulas de tira gosto e vamos lá pra cima. Você vê como tudo é belo? Que maravilha! Eu me sento aqui e fico contemplando isso tudo horas e horas a fio, não me canso nunca.Espere... O intercomunicador interno chamando....
Raul na escuta câmbio! Raul, aqueles suprimentos de combustível, oxigênio e alimentos já estão sendo armazenados na ZR001PT . Mais alguma coisa? Não meu querido, é só por enquanto. Se precisar de algo mais chamarei vocês aí no almoxarifado ou na dispensa. Câmbio Final. Voltando ao que eu dizia, as vezes medito muito nessa imensidão e acho que o ser humano um dia ainda vai se arrepender de toda a desgraceira que anda fazendo na terra. O reflexo inevitavelmente se dará no espaço e quando precisarem disto aqui terão que andar, ou melhor, voar muito e eu compararia com a falta de água do nordeste do Brasil que obriga o sertanejo a andar léguas e léguas para conseguir um pouco de água, que as vezes é barrenta, mas que é a única coisa disponível. Tomara que o oxigênio do futuro não seja a água do hoje, você me entende?
-Perfeitamente Raul, perfeitamente...
-Bom, sente-se aqui Zé, vou pegar meu violão aqui e enquanto admiramos este espaço maravilhoso vou tocar uma música aqui que me deu vontade agora....
Deixa-me afinar... Só um minuto... Pronto, vamos lá!
Os olhos verdes que piscam no escuro de céu
Filho da luz, fui nascido da lua e do sol!
Nas noites mais negras do ano eu mostro minha voz
Estrelas, estrelas
As estrelas elas brilham como eu!
As nuvens vagueiam no espaço sem lar nem raiz
0 ódio não é o real é a ausência do amor
No fim é um grande oceano, mãe, mãe filho e luz...
Estrelas, estrelas As estrelas elas brilham com nós!
As trevas da noite assustam escondendo o segredo da luz!
Da luz que gargalha do medo do escuro
Que é quando os meus olhos não podem enxergar!
Dia, noite,
Se é dia sou dono do mundo e me sinto filho do sol
Se é noite eu me entrego às estrelas em busca de um farol
Estrelas, estrelas,
As estrelas elas brilham como eu.
As trevas da noite...
-Raul, Raul, novidades na sala de rádio....
-Diga logo homem, o que é??
-Raul, é o seguinte, escute só o que chegou pelo rádio...

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 21
Diário Estelar 1234567/21
Sisterma Solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e hora: Incertos
-Hummmmmm Preciso maneirar nos piratas, senão acabo me viciando e então, se eu pegar novamente o “manche” de minha nave posso fazer alguma barbeiragem e então posso bater em algum asteróide sei lá.... Quantos pontos tomarei no meu brevê? Essa é uma falta gravíssima eu creio, mesmo que a única vítima seja eu. Mas falando sério, eu queria muito que você me desse uma luz Raul. Lembra que você cantava “Que luz é essa que vem vindo lá do céu?” Que luz é essa? Eu ouvia essa música e ficava imaginando a cena. Uma luz imensa, banhando toda a terra, trazendo muita energia positiva, mas na minha imaginação, essa luz não vinha de um disco voador e sim de algo superior que vem para nos iluminar. E é essa luz que eu procuro agora aqui em cima meu amigo e você deve saber aonde encontrá-la, não é?
-Olha meu caro, essa luz provém de Deus e é ela que banha toda a nossa terra, uma luz que nos atingirá com certeza se nós a procurarmos, e com certeza, ao acharmos esta luz ficaremos com o nosso espírito bastante iluminado entende? Mas de certa forma, existe uma espécie de lâmpada interior que você deve acender para iluminar o seu espírito e essa lâmpada é uma lâmpada de acendimento automático. Sabe aquelas lâmpadas de foto célula que se acendem sozinhas ao cair da noite? É igual. À medida que você vai se esclarecendo, se instruindo e se modificando internamente, os filamentos dessa lâmpada se aquecem e em muito pouco tempo você estará não só com o seu espírito iluminado, mas principalmente com a sua mente iluminada e pura. Quero te mostrar uma coisa, ou melhor, colocar algo pra você ouvir e pra você meditar. Garçom traga-me uma ficha de Juke Box! Pronto, deixa-me selecionar a música aqui, espere... Lá vai, preste a atenção:
Bate louco, bate criminosamente
O coração mais do que a mente
Bate o pé mais do que o corpo poderia
Se você mentalizasse na folia
Sabe lá se não seria a solução
Pra de manhã pensar melhor
E caso fosse, a incompatibilidade
Entre corpo e consciência iria desaparecer
Você não vê como o corpo preparado
Pode ser iluminado
como a luz de uma fogueira
Que precisa se manter
E atingido pela plena consciência
De que o corpo em decadência
Faz a tua consciência esmorecer
Pelos poros elimina-se o que o corpo não precisa
E não precisa pra pensar
Abdicar desse prazer
Se você dançar a noite inteira
Não significa dar bobeira de manhã
Se alienar ou esquecer
É como a busca do supremo equilíbrio
Num processo inteligente
sua mente clarear sem perceber
E a intelectualidade
Pode dançar sem receio
Descanso é pra alimentar
E trabalhar sem anseio
Eu tô olhando pra ponta
Mas não esqueço do meio
Quem acha o corpo uma ofensa
Falo sem demagogia
Pode dançar essa noite
E amanhã pensar (quem diria?)
Quem não entendeu eu lamento
Quero que entenda algum dia
-Essa música é do Oswaldo Montenegro, lembra dele?
-Claro que me lembro Raul, essa canção chama-se Incompatibilidade não é?
-Sim, e você viu que a letra tem uma grande relação com o que eu acabei de te falar? Veja: “e caso fosse, a incompatibilidade entre corpo e consciência iria desaparecer, você não vê, como o corpo preparado pode ser iluminado como a luz de uma fogueira que precisa se manter...” Sacou??
-Claro Raul, caiu a ficha sim!! Maravilha meu grande Raulzito!!
-É viajante solitário, levante sua mão sedenta e recomece a andar, não pense que a cabeça agüenta se você parar, pode ter certeza disso! Fortaleza! Estamos a horas tentando um contato com a Nave Mãe e nada! Fazer o que? Está chegando mais um relatório aqui, deixa eu dar uma lida nele. Hummmmmmmmm...Olha aqui diz que vários contatos que estão sendo efetuados com a Nave Mãe não estão sendo bem sucedidos não. Em uma hora o comando dela está ocupado e não há diálogo, outras horas não responde e em alguns casos a linha direta está truncada por defeitos. Então o que fazer? Acho válida a tentativa, mas é como você já me disse. O comando da Nave Mãe mudou, não é mais o mesmo. Quem estaria no comando da nave agora? É a mesma pessoa? Porque não há o contato como era antigamente? Pense nisso amigo, raciocine e vai ver que o necessário é que você se encontre dentro de si mesmo. Muitas vezes você está procurando uma rota que está dentro de você entende? siga a carta estelar do raciocínio e pode encontrar a rota que vai te levar de volta pra casa, ok?
-É verdade, eu não tinha pensado nisso não Raul, quer dizer, por um momento sim, mas nunca dessa maneira como você está me colocando... E que alternativas você me daria?
-Vou te dizer amigo viajante...

domingo, 19 de agosto de 2007

DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 20
Diário Estelar 1234567/20
Sistema Solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e hora: Incertos
-Bom meu caro Raulzito, como já disse, a cerca de nove meses aproximadamente resolvi seguir uma viagem que me levasse a novos horizontes e que me desse novas perspectivas de vida, porque o estresse e a angústia estavam tomando conta de meu coração, de minha mente e de meu espírito. Então, passei a arquitetar uma viagem, que seria feita com todo o cuidado, elaborada mediante cartas estelares que me indicassem regiões de beleza, paz e tranqüilidade onde eu pudesse ancorar minha nave e me desestressar, para continuar trilhando minha jornada terrestre com mais segurança e disposição, coisa que até então eu não vinha tendo. Comecei então pesquisar e em determinado momento, encontrei um site de viagem onde encontrei um paraíso estelar, uma região encantadora que pelas fotos que eu via no site me parecia um verdadeiro paraíso. Comecei a trocar umas mensagens com os agentes de viagem desse lugar que me fizeram ver que o lugar era mesmo de cair o queixo. Então, reservei um lugarzinho num hotel dessa região e então iniciei minha viagem até este lugar. Quando lá cheguei, tive uma grande surpresa, pois o lugar em si não era nada daquilo que tinham me mostrado no site, era muito mais lindo!! Era uma nave imensa, com um comprimento de perder de vista, de um exterior azul brilhante que emitia uma luz capaz de iluminar a quilômetros e quilômetros de distância.. Dentro da nave, uma aura energética de fluidos positivos, me trazia uma tranqüilidade que nunca havia sentido antes. De tão bela a nave e de tão grande que era em magnitude, apelidei-a de Nave Mãe, porque tinha certeza de que aquela nave era como um grande porto estelar, onde eu poderia estacionar minha navezinha, mas um porto estelar que abrigava com carinho muitas naves, todas naves amigas. Fiquei encantado e durante o tempo que fiquei lá, não me cansava de admirar cada pedacinho daquele paraíso, um paraíso de paz, tranqüilidade, amor, carinho e muita fraternidade. É difícil você pensar que hoje em dia, possa encontrar um lugar assim. Até parece um livro de ficção, mas eu encontrei Raul. E que maravilha!. Lá, pude descansar a minha cabeça tranqüilamente e ter os meus cabelos afagados por um gostoso cafuné. Lembra disso Raul, cafuné? Na Bahia sua mãinha, Dona Eugênia devia fazer muito cafuné em você não é? Pois é, como é bom receber um cafuné na cabeça. Lá pude descansar meu corpo, observar todas as paisagens magníficas, mas considero que uma coisa realmente inesquecível, foi a oportunidade de poder provar os sabores e os néctares que esse lugar tinha a me oferecer! Minha boca se enche d’água quando lembro dos sabores, dos néctares e do aroma que esse lugar lindo exalava. Considero que o paladar e o olfato sejam dois dos nossos sentidos que mais mexem com a gente, pois o gosto e o aroma de iguarias e de perfumes, dificilmente saem de nossos pensamentos. Fiquei um bom tempo ancorado na Nave Mãe e o tempo que fiquei, foi suficientemente grande para que eu me extasiasse por completo e ficasse com um gostinho de quero mais. Quando saí de lá, iniciei a minha viagem de volta, completamente inebriado de energias positivas e de fluidos benéficos. Só que aí é que começou meu drama, pois ao iniciar a minha viagem de volta, acabei esquecendo alguns pertences de minha mala neste lugar e um desses pertences, foi a carta estelar que me indicaria o caminho de volta. Me perdi Raul! Aquele lugar paradisíaco, havia me enfeitiçado e isso fez com que eu, ao iniciar a viagem de ida, me esquecesse de programar meu computador de bordo para evitar me perder na volta, pois como você sabe, nosso universo é infinito. Aí comecei a andar em círculos pelo espaço, primeiro porque não conseguia achar o caminho de volta e depois, porque comecei a tentar um contato via rádio com a Nave Mãe, para que ela me desse as coordenadas de como retornar. Mas a comunicação começou a se tornar difícil. Sinais truncados, mensagens pela metade faziam com que eu me sentisse ainda mais confuso e desorientado. Travava comigo mesmo uma batalha interna, porque queria poder me encontrar, mas estava difícil realizar meu intento. Teve vezes que o sinal com a Nave Mãe ficava até forte, mas os operadores de rádio me passavam mensagens que não conseguiam me colocar de novo na rota, não conseguiam me colocar no prumo novamente. Aí começou a angústia e as noites mal dormidas. Meus instrumentos começaram a falhar e meu GPS espacial pifou para meu total desespero. Quantas vezes não chorei copiosamente entre as estrelas, e o brilho de meus olhos, umedecidos de lágrimas, se misturavam ao brilho do céu. Ah Raul meu filho, que tristeza! Senti que quanto mais procurava encontrar a minha rota, mais me perdia e mais me distanciava porque a medida que eu vagava pelo espaço como um barco a deriva, novos lugares iam se descortinando a minha frente e confesso, alguns não eram nada bonitos. Confesso sinceramente, que por um breve momento cheguei a me arrepender de ter iniciado esta viagem, mas logo tirei essa idéia da cabeça, porque aquela viagem tinha sido tão boa que dificilmente eu me arrependeria um dia de tê-la feito. Foi aí então que comecei a escrever meu diário, como que um relatório de todas as experiências pelas quais eu estaria passando e eu via nesse diário, não só um motivo para que eu me distraísse, mas também para que eu pudesse deixar uma espécie de carta aberta para que outros viajantes estelares não viessem a se perder no futuro. Ah Raul, sofro com isso, pois quero encontrar meu rumo, mas não consigo. Estou perdendo as minhas forças e também estou ficando sem meus suprimentos vitais.Mas Zé Roberto, me responda: Onde está seu coração agora?Ah Raul, só Deus sabe onde ele andará! Acho que se perdeu em alguma dessas turbulências pelas quais passei, sei lá. Ajude-me Raul, preciso encontrar meu rumo, minha rota, minha carta estelar ou a fortaleza para traçar planos e novas coordenadas.
-Vou te ajudar meu caro viajante estelar... Tenho uma linha direta com a Nave Mãe e em breve estará conversando diretamente com ela, fique sossegado. Obrigado amigo Raul, nem sei como lhe agradecer. Garçom, mais dois piratas por favor, essa rodada é por minha conta!
DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 19
Diário estelar 1234567/19
Sistema Solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e hora: Incertos
-Puxa, como é bonito aqui dentro Raul! Agora entendo... A sua nave é multicolorida por dentro e por fora. Estes tons multicores que ficam piscando são muito bonitos. As vezes realçam o tom azul, outras vezes o tom verde e outras vezes ainda o tom vermelho, transformando esta nave numa verdadeira metamorfose ambulante, ou melhor, numa metamorfose voante he he he (estou pensando... Será que existe essa palavra?). E seu barzinho estelar é tudo de bom hein? Nosa, que variedade de comidas, petiscos, e bebidas. Parabéns Raulzito. Mas Raul amigo, que beleza isso aqui. Me fale um pouco de como veio parar nessa imensidão sem fim.
-Meu caro viajante errante Zé Roberto, quando estava na terra, sempre flertava com o espaço e com os mistérios das estrelas e do desconhecido. Minha preocupação com isso sempre foi grande, não só com o espaço, mas como também com a natureza em si e todo o mundo de uma forma geral, embora para alguns isso não parecesse. Sempre fui um "Maluco Beleza" com consciência. Sempre pedi ao "moço do disco voador" que me levasse com ele pra onde ele fosse. E não é que fui atendido depois que desencarnei? Quando me desliguei da terra, imediatamente fui requisitado para integrar uma equipe que navega pelo espaço a fim de proteger tudo isso aqui. Essa equipe foi batizada de Esquadrão Plunct Plact Zum e minha nave como você viu tem o código PPZRS, que é Plunct Plact Zum Raul Seixas entendeu? Então o comando desse esquadrão criou várias fronteiras onde os navegantes precisam se identificar e provarem a que vieram. Sabe como é, essa história de Guerra nas Estrelas... Não é mais um capítulo da chamada guerra fria entre Americanos e Russos, ela vai muuuuito, além disso, meu filho e podemos por toda uma galáxia a perder. Muita gente mal intencionada já foi barrada. Em cada ponto deste infinito universo, existem esses guardiões e pode acreditar, mesmo que tentem, ninguém vai conseguir fazer xixi nas estrelas como diria aquele meu colega Guilherme Arantes. Esses dias eu estava falando com meu amigo Peixuxa, que defende os mares e ele me falou que a coisa também tá brava lá na terra, com o mar que vive cheio de petróleo e poluição de uma forma geral. “Minino”, esse pessoal não aprende mesmo!. Por isso, rezo para que meu amigo Peixuxa fisgue toda essa gente canalha e desordeira. E aqui estou eu, nesta região linda do espaço que preservo com muito carinho, para que todo esse paraíso estelar possa ser preservado e para que a luz do Sol continue banhando todo o nosso sistema solar. Muita gente na terra ainda não tem a verdadeira consciência do segredo da luz, mas a luz é a fonte de vida. Aqui no espaço, fazemos um verdadeiro Caminho de Santiago, mas esse caminho é na direção do centro do universo, na tentativa de que, com a nossa sustentação espiritual, podermos reequilibrar todo o nosso universo. Cada parada que fazemos é em uma galáxia diferente e cada hospedagem que paramos para descansar é um planeta que nos dá guarida e tudo o que precisamos. Nosso cajado é a esperança e a vontade de trabalhar Alguns achavam que quando eu estava na terra era apenas um maluco beleza, mas na verdade sempre fui um inconformado com tudo o que estava acontecendo, não só no meu país, com seus governantes, ora ditadores, ora corruptos, mas também com todo o mundo e com o universo de uma forma geral. Lembro-me que quando eu era jovem lá em Salvador onde nasci, ficava pensando: Deus vê tudo o que nós fazemos, inclusive no banheiro não é? Agora eu penso: Imagine aqui em cima, já que estamos mais perto dele! Então nossa obrigação é trabalhar em prol da melhoria de tudo isso que está aí, afinal nossas futuras gerações precisarão usufruir de tudo isto. Mas falando em terra, você está bem longe dela né? Percebo em você um certo ar de cansaço, uma certa vontade de estacionar sua nave em algum lugar e de poder encontrar a paz e reencontrar o equilíbrio não é? Acho que aqui nesta imensidão, você encontrará bagagem suficiente para meditar muito e então poderá retornar a terra com muito mais disposição. Aqui lhe darei mais bagagem e suporte para que você empreenda sua viagem de volta. Mas, antes de tudo, se faz necessário que você se abra comigo e diga, não só quais são as suas necessidades materiais, mas principalmente quais são as suas necessidades espirituais. Vamos conversar?
-Claro Raul, estou encantado com tudo isso e mais ainda com você que quando estava na terra, era humilde e amigo de todos os que o amavam e agora vejo que você ampliou seus horizontes, amando provavelmente até quem não ama você. Vou me abrir com você meu amigo. Preciso mesmo de uma orientação.
-Ok Viajante! Vamos conversar! Deixa só eu pedir um drink para que nós molhemos a goela, afinal, tô aqui, mas a cervejinha eu não dispenso hehehehe...
-Esse é o velho e bom Raul Seixas que eu conheço hehehehehe...
-Pegue seu copo meu caro amigo estelar! Tchim! Tchim! Saúde e paz para nós!!
-Saúde Raulzito, Tchim Tchim! Vamos comemorar este nosso encontro nas estrelas.
-É verdade meu amigo, o primeiro dos muitos encontros que espero ter contigo para desvendarmos os segredos da luz e os segredos do universo. Mas comece a falar, sou todo ouvidos...
-Vamos lá então Raulzito meu filho...
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quinta-feira, 16 de agosto de 2007

DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 18
Diário Espacial 1234567/18
Sistema solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e Hora: Incertos
Nooooosssaaaaaaa!!! Será que estou ouvindo direito? Essa frase não me é estranha! Estarei sonhando?? E quem é aquele astronauta que está naquela nave? Está vindo pra cá. Deixa eu por minha roupa espacial. Vou lá fora conversar com ele. Não, espera, acho melhor falar com ele aqui dentro mesmo, talvez ele saiba que eu sou amistoso e entenda que não sou um invasor.
-PPZRS, aqui é ZR001PT, câmbio!
-Diga ZR001PT, fale meu filho!
-Quero convida-lo a entrar meu amigo. Apeie de sua nave e venha até aqui, vamos conversar...
-Não ZR001PT, venha até aqui fora você. Vamos conversar aqui junto as estrelas.
-OK PPZRS, entendido, estou indo, câmbio final!!Bom, deixa eu por minha roupa espacial e ir lá fora. O pior não pode acontecer, ele me parece amistoso, ao menos não tem voz ameaçadora. Pronto, aqui estou!
-ZR001PT, aonde você pensa que vai?
Na verdade não sei PPZRS! Estou perdido no espaço e não tenho rumo. Acho que hoje devem fazer uns 9 meses aproximadamente que eu iniciei esta jornada que tinha um rumo certo, mas a cerca de 2 meses se eu não estiver errado, me perdi e agora ando errante pelo espaço, sem rumo. Queria ir em frente para ver se chego a algum lugar, mas também não sei se devo ir em frente, e de certa maneira eu nem sei onde é a frente, atrás e os lados dessa imensidão! Mas minha nave vai nessa direção e eu queria ir junto com ela. Pode ser que ela me leve a um caminho sem volta, mas tanto faz, estou mesmo perdido e quem sabe não encontre algo por aí? Nesse caso, qualquer paixão me divertiria e me livraria do estresse até eu achar o meu rumo. Posso seguir em frente?
-Olha ZR001PT, para seguir em frente no seu “fuguete”, tem que ter o seu passaporte, selado, registrado, carimbado, avaliado, rotulado e com meu carimbo dando sim, sim, sim!!!
-Mas você é... Não creio! É você mesmo? Óxente!!! Diga que eu estou errado! É tú?? Me belisque por favor! Por acaso você é mesmo quem estou pensando?? O Grande Raul Seixas??
-Sim ZR meu filho! Sou eu mesmo! Estou aqui com minha nave a Plunct Plact Zum, viajando pelo universo e pelo infinito!
-Mas como você veio parar aqui Raul?
-É fácil, lembra-se de quando eu estava na terra?
Sim, claro!!
-Pois é, eu tanto clamei: Ó Ó seu moço, do disco voador, me leve com você pra onde você for, que quando desencarnei, ou como queiram alguns “morri”, fui resgatado por essa nave e estou aqui viajando pelas estrelas e fui incumbido de terminar um projeto que eu iniciei quando estava na terra, com algumas pequenas alterações, é claro. Lembra-se da Sociedade Alternativa? Pois é, um projeto ambicioso, que muita gente não entendeu. Fui criticado, perseguido e até massacrado por muita gente. Fiquei triste na época, mas acabei levando meu caminho com a certeza de que um dia estaria conseguindo terminar o que comecei. Acho que a Sociedade Alternativa ainda é um projeto que deveria ser implantado lá na terra. Daria certo. Acabaria com muita coisa errada que lá existe, como indiferença, preconceito, violência, ganância, poder e muitos outros defeitos morais que só atrasam a evolução do homem. Mas estou falando e nem sei se você quer mesmo saber sobre isso!
-Claro que quero Raul! Lógico que quero! Conte-me tudo!!!
-Então venha comigo meu caro viajante solitário. Ancore sua nave e venha comigo. Vamos nos sentar em meu barzinho espacial e conversaremos. Vou lhe contar algumas coisas e vejo pelos seus olhos que você também gostaria de desabafar não é? Acho que temos muito o que conversar...
-Espere Raul, já estou indo. Deixa só eu apagar a luz da nave...
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terça-feira, 14 de agosto de 2007

DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 17
Diário Estelar 1234567/17
Sistema Solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e Hora: Incertos
Ah, como é bom deitar e esticar a coluna um pouco. Bem, deitar é maneira de dizer porque os astronautas geralmente dormem em pé, pendurados em sacos de dormir como eu. Mas aí, alguém que um dia estiver lendo isso vai se perguntar: Uai, mas ele não vivia falando que tinha ido dormir na tal redinha? Como é isso? Será que ele caiu em contradição?Não, é que eu também uso uma redinha que me foi dada pelo amigo Marcus Falcão, mas por puro lapso esqueci de dizer que esta redinha aqui que eu uso de vez em quando para descansar, foi projetada especialmente para viagens espaciais e foi construída com muito carinho por artesãs Potiguares, que graciosamente usaram de sua habilidade e transformaram o projeto em realidade. Esta redinha também fica fixa na parede, mas tem uns cintos de segurança que me prendem, evitando que a força da gravidade faça com que eu fique flutuando no interior da nave. Engenhoso o projeto né? Mas como falei, a redinha é mais para uma sonequinha leve, um cochilo, um descanso, uma “siesta”, porque meu sleep bag térmico é que é minha verdadeira cama mesmo. Bom, mas chega de papo. Vou encostar meu notebook por hoje e vou desligar a luz interior da nave, senão não durmo direito hoje. Hummmm.. Que bom.... Vou ajustar a temperatura de meu sleep bag em 25 graus. Hoje estou tão cansado que não demorarei a apagar....
ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ....
UÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓ.... Meu Deus, o que é isso! Caramba, que susto! Ouço uma sirene! Mas aqui na nave? Deve ser o alerta de intrusão, só pode ser. Onde estão minhas pantufas espaciais? Cadê meu robe intergaláctico? Deixa-me correr lá na frente para ver o que é. Será que estou prestes a me chocar com algum meteorito? Ser sugado por um buraco negro? Quem sabe um cometa não esteja me atraindo para sua cauda? Não pode ser, deve ser uma tentativa de invasão por parte de alguma civilização espacial desse fim de mundo. Vou abrir minha tela, para visualizar lá fora e ver o que ocorre. Vixe Santa Maria Mãe de Jesus Santíssimo!!!!! Olhem o tamanho desta nave!!! Incrível!!! Estou bestificado!!! O que será isso? Parece bem superior a minha Nave Mãe e é!! Vou correr minha câmera para visualizar a lateral da nave... Hummmm... Deixa-me ver a inscrição que está pintada no corpo da nave aqui ao lado: “PPZRS”. Puxa vida, não conheço essa nave não. Tenho uma relação de códigos e de registros de naves, mas essa não consta! Talvez esteja mesmo em uma galáxia super distante e essa nave não esteja na relação. Será inimiga ou amiga? Sei lá, mas por via das dúvidas vou mudar o meu curso, e então me desviarei da rota dela evitando assim uma possível colisão. O engraçado é que esta nave fica mudando de cor toda hora como um camaleão. Isso é uma característica que os velhos e ultrapassados discos voadores usavam quando resolviam descer na terra para as suas explorações. Bom, desliguei a sirene de alerta, vou mudar o curso da nave aqui e então vou seguir em frente. Em frente? Essa palavra não soa estranha no espaço? O que é ir em frente? Estranho não é? Mas deixa-me manobrar aqui e... O que é isso? O que estão dizendo? Deixa-me aumentar o rádio....
-Hei, pare!!! Aonde você pensa que vai? Hã! Hã!

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 16
Diário Estelar 1234567/16
Sistema Solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e Hora: Incertos
Meu sono me domina, mas meu organismo já não sabe mais que horas são. Se é dia ou se é noite. Não sei quantas horas durmo por noite ou por dia. Meu relógio atômico parou faz muito tempo e estou meio confuso. Me baseio muito pelo cansaço que meu corpo sente e é isso que me faz descansar ou não. Giro o botão de meu seletor de sinais espaciais no sentido de encontrar algum sinal de vida inteligente por aí, e acho que se eu prestar a atenção vou acabar encontrando. Na terra usávamos um processo que se chamava Transcomunicação Digital ou Eletrônica, que consistia em tentar encontrar sinais de vidas inteligentes e de comunicações extra-corpóreas em rádios, tvs e computadores. Sabe aquele espaço no rádio entre uma estação e outra que nada pegava porque não tinha nada e fica só um chiado? E aquele chiado que ficava na TV quando o canal saia fora do ar na madrugada? Não deve ser do tempo de vocês que estão lendo esse diário hoje não é? Mas acreditem, naquela chiadeira toda, tinha gente que jurava ouvir frases, vozes, ver rostos e silhuetas. Quem sou eu para discordar? Vou é tentar aqui para ver se tenho alguma sorte e consigo captar algum sinal. Acho que vou mudar a freqüência um pouco... Mais um pouquinho.... Êpa, captei algo! Puxa, é um sinal, o sinal de uma nave. Será que eu consigo saber a procedência dela? Estou tentando acessar seus sinais para iniciar uma conversação, mas está meio impossível. Acho que vou tentar fazer funcionar meu decodificador e ele deve me dizer ao menos os dados da nave. Vou dar uma porrada neste painel e ele vai funcionar. Prontinho, tá rastreando... Noooosssaaa! Quatro sinais embaralhados. Um deles é da Voyager!!! Star Trek e seu Capitão Kirk? Essa não? Estou doido mesmo! Ou será aquela nave americana que irá se perder pelo universo a fora indo aos confins desse infinito? Puxa vida, devo mesmo estar longe. Se for a Voyager americana, devo estar pra lá de Plutão.ZR001PT chamando Nave Voyager! ZR001PT chamando Nave Voyager! Responda! Mayday! Mayday!Aqui é a nave Victory II na escuta ZR001PT! Estamos captando seu sinal, porém estamos com os sinais embaralhados por aqui. Nossos operadores estão registrando outras freqüências que estão entrando em nossos radares e estamos em conversação com outros astronautas. Fique na escuta que estaremos falando com você. Onde se encontra? Percebemos que seus sinais são meio distantes e estão fracos. Mande-nos suas coordenadas por favor .Ahhhhhh!!! De novo não!!! Pedem minhas coordenadas novamente? Que coisa!!!! Vou gritar qualquer hora. Me vem a mente agora a música de um antigo cantor brasileiro chamado Walter Franco que cantava, ou melhor gritava um refrão longo que dizia: Canaaaaaaalhaaaaaaaaa!!!Que vontade de gritar bem alto pra todo mundo ouvir. Mas não adiantaria nada. O som não se propaga no espaço e só iria ferir o ouvido dos pobres operadores de rádio escuta que não tem nada a ver com a história. Mas deixa eu tentar um diálogo.Nave Victory II, preciso de suprimentos, combustível, oxigênio e um novo GPS digital, pois o meu está avariado. Preciso voltar ao meu planeta de origem e não tenho a mínima idéia de onde eu esteja e portanto não posso passar nenhuma coordenada ou quadrante para vocês.ZR001PT, fique tranqüilo, estamos tentando rastrear você e assim que possível entraremos em contato para mandar uma nave com tudo o que precisa. Se quiser continue na escuta, vamos nos falando gradativamente. Não dá para abrirmos uma linha direta com você porque estamos com outras 3 conversações em andamento. Caso não possa ou não queira esperar, desligue e nos falamos assim que possível, entendido ZR001PT?Entendido Victory II. Só peço para não esquecerem minha freqüência ok? Cambio final e desligo!Câmbio Final ZR001PT. Desligando Victory IITomara que não me esqueçam aqui. Acho que tenho suprimentos para mais uma semana e meia, combustível para um mês e oxigênio para um mês e meio.Acho que não vou esperar não. Vou desligar e dormir. Amanhã há de ser um novo dia e um novo dia é sempre prenúncio de esperança. Sinto que minha fé pouco a pouco volta a ficar forte e isso vai me levar de volta ao patamar que eu estava antes. É o que falta para que eu comece a tentar reprogramar minha rota de volta a tentar reencontrar a nave mãe. E agora creio que mesmo que a nave mãe não me queira de volta, não me abalarei. Terei estrutura e vitalidade para alçar vôo próprio e então fazer meu pouso em solo terrestre em segurança e tranqüilidade. Estou desligando tudo por hoje. Deixo meu piloto automático ligado e me recolherei a minha redinha. Meu cobertor hoje será esperança... Boa noite para mim!

domingo, 12 de agosto de 2007

DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 15
Diário Estelar 1234567/15
Sistema Solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e Hora: Incertos
Acho que preciso parar com o café, ou ao menos maneirar. Sinto uma leve queimação no estômago e isso pode ser sinal de uma gastrite. Sei lá, mas vício é fogo. Nós não conseguimos nos desvencilhar dele assim tão fácil. Eu por exemplo já fui viciado em Coca-Cola, uma bebida refrigerante lá do Planeta Terra, e chegava a tomar uma garrafa de 2 litros sozinho brincando, mas uma grande amiga minha, a Sol que se correspondia comigo num antigo comunicador instantâneo que se chama MSN (Messenger), tanto me incentivou a parar que eu hoje não sou mais um viciado. Bebo só socialmente. Beber Coca-cola socialmente é bom rsrsrsrsrs Aliás não sei como ainda não tem Coca-Cola aqui no espaço...
Com o café também há de ser assim também. Quem sabe eu não encontre alguém que me aconselhe a parar ou ao menos a diminuir as doses, até porque na atual conjuntura poderei ficar sem estoque aqui a qualquer momento e então o baque pode ser feio com a síndrome de abstinência. Huuuummmm.... Mas que esse cafezinho é bom, isso é! Vamos agora ao que interessa. Vou escrever sobre aquele tema que havia pensado antes. Qual era mesmo? Ah sim, lembrei. Deixa-me ver... O que é pior, se arrepender do que fez ou se arrepender do que não fez? Esta é uma pergunta que tem rondado a minha mente de uma forma um pouco constante. As vezes nós nos arrependemos de algumas coisas que fizemos, ou porque elas foram ruins e nos desabonaram de alguma forma perante alguém ou porque deixaram marcas profundas e inesquecíveis, mas marcas que gostaríamos que nunca se apagassem e mais do que isso, que essas mesmas marcas se aprofundassem cada vez mais ou pelo menos que continuassem as mesmas. Mas nem sempre isso é possível. Mas nosso subconsciente trabalha sempre no sentido de querermos aquilo que não poderemos ter, as vezes nunca mais. E isso se torna angustiante a ponto de nós nos arrependermos de termos começado uma história, de termos iniciado um projeto, de termos traçado planos tão grandiosos como as grandes construções da humanidade.Por outro lado, nós temos muitas vezes, as oportunidades mais incríveis do mundo e não as aproveitamos. É como diz o poeta Zé Geraldo: “E o cavalo passou encilhado e eu não montei...”. As vezes também realizamos alguma coisa e depois nos arrependemos de não termos ido mais a fundo em nossas investidas, em nossos atos, em nossos projetos e isso também nos angustia pois pensamos: Pô, porque não fui mais a fundo? Engraçado isso, mas isso é uma coisa que acontece com várias pessoas, tenho a certeza disso. Quem sabe um dia, algum astronauta ache essas páginas, leia essa minha colocação e não torne isso um pequeno debate público em alguma comunidade da internet do futuro. Já estou imaginando um tópico com esse questionamento e o responsável pela comunidade perguntando: “Você já se arrependeu mais de coisas que tenham feito ou de coisas que não fizeram?” Seria legal saber o resultado. Quem sabe eu não leia alguns questionamentos e algumas experiências de vida no futuro. Mas agora me ocorre outra coisa. Minha maior ambição no momento é reencontrar meu caminho de volta e se isso acontecer, o que eu espero que aconteça, essas páginas iram ficar nas mãos de meus filhos e de meus netos e então eles perpetuarão essa minha história contando pros seus amiguinhos as aventuras de um pai ou de um avô viajante. Que bom seria que essa história se perpetuasse, não como um desabafo ou como uma história triste, mas como um testemunho de vida e até como um conselho ou um alerta para que as pessoas não passem pelo que estou passando agora.. Mas falei, falei e a dúvida ainda continua no ar e pelo jeito vai ficar um bom tempo sem que eu chegue a uma conclusão. Até nisso estou confuso? Essa não! Bom, estou ficando com sono. Vou me recostar aqui na poltrona da ponte de comando e relaxarei vendo essa imensidão toda criada por Deus para todos nós. Preciso refletir bastante para tomar as decisões que pretendo tomar um breve. Ao mesmo tempo, sinto que agora é uma hora um pouco propícia para que algum sinal possa ser rastreado e decodificado pelo meu radar. Vou ficar atento.... Uaaaaaaahhhhhhh!!! Será que o sono vai me vencer? Que monotonia....
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sábado, 11 de agosto de 2007

DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 14
Diário Estelar 1234567/14
Sistema Solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e Hora: Incertos
Sem chance... O sinal se perdeu novamente. Minha antena deve estar avariada, só pode ser. Essa nave aqui precisa passar por uma manutenção urgente. Aliás, não é só a nave não. Meu cérebro também está precisando de uma manutenção, porque estou batendo pinos. Acho que vou dar um pulo lá fora depois e vou por um Bom Brill na antena pra ver se melhora a recepção do sinal. Com as antigas tvs do século XX funcionava ás vezes e quem sabe aqui também funcione. Mas espere... Onde vou achar um pedaço Bom Brill? Engraçado, aqui no espaço ondas de rádio percorrem anos luz, viajando pelo espaço a uma velocidade inimaginável e qualquer onda sonora pode se perder no infinito. Nos séculos XX e XXI o homem lá na terra enviava seus sinais para o espaço, almejando encontrar civilizações em outros planetas. Uma nave chamada Voyager foi lançada pelo governo de um país do Planeta Terra chamado Estados Unidos, para percorrer o espaço até se perder no infinito, tentando um contato com alguém ou alguma coisa. Muito se discutia a respeito de se haver ou não outros planetas habitados. Ufos, Óvnis e demais manifestações extraterrestres povoavam o imaginário e as manchetes de revistas e jornais por vezes traziam estampadas relatos de avistamentos de naves e relatos de pessoas que tinham sido abduzidas por alienígenas. Céticos e ufólogos se debatiam em longos debates e questionamentos sem fim. Eu sempre pensei: Porque Deus, em sua perfeição, criaria apenas um planeta habitado nesse infinito todo? É, eu estava certo! Gostaria de encontrar por aqui alguns daqueles que duvidavam de tudo isto que eu estou vendo aqui. Lua, Marte... Tudo muito perto. O Telescópio Hubble, criação Americana também tem pouco alcance perto dessa lonjura eu estou, por isso nunca encontraram nada e alguns viajantes espaciais chegaram na terra ou pra explorar ou pra tentar se encontrar mesmo. Hoje, as “Interprises modernas” idealizadas nos idos anos 60, Século XX por Gene Roddenberry, relatando a saga de Capitão Kirk, Spock e demais tripulantes são muito mais rápidas, viajam o triplo da velocidade do som e se teletransportam para onde querem. Putz, mas quem serei eu nesse universo? Sou um viajante perdido no firmamento sem sequer um pedaço de Bom Brill para por na antena da nave pra ver se consigo uma melhor recepção. Ô vida dura essa viu? Deixa eu pegar mais uma pílula de café...

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 13
Diário Estelar 1234567/13
Sistema Solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e Hora: Incertos
Estou de volta a ponte de comando. Passei a mão em umas pílulas de pizza e um refrigerante espacial e vou almoçar ao mesmo tempo em que leio meu livro. Ah tem uma coisa interessante sobre os refrigerantes espaciais. A impressão que eu tenho é a de que os gases não escapam nunca e que esse refrigerante está sempre perfeito. Não posso deixar também de lembrar agora de minha infância super pobre. Nós não tínhamos dinheiro pra comprar uma Coca-Cola que era um luxo para nós e comprávamos um refrigerante chamado Tubaína. Olha, como era gostoso quando tinha Tubaína! Eu pegava a garrafa que era escura, e virava de pouquinho no copo e sorvia com cuidado, devagarzinho, pouco a pouco e fechava os olhos cada vez que virava um pouco do refrigerante no copo, pensando: Tomara que ainda tenha bastante e que não acabe nunca! Mas não tinha não, era só aquela quantidade mesmo!! Acabava rapidinho e então só no próximo mês comprávamos nova garrafa. Êta mês demorado pra chegar...
Na Solidão de Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Márquez encontro o alento necessário para seguir admirando toda essa imensidão sem entrar em desespero, embora esse desespero às vezes esteja batendo a minha porta. E como falei em alguma das páginas atrás desse diário, preciso tomar uma decisão importantíssima nessas semanas que vem e acredito que isso possa fazer com que eu consiga encontrar as coordenadas da rota que tenho que fazer, encontrando o quadrante que me leve de volta para casa. Alguns viajantes solitários poderiam passar por mim para me ajudar em algumas das coordenadas que pretendo recuperar, mas este é um caminho que tenho que encontrar sozinho. É uma batalha minha, pessoal e intransferível e o real suporte para que eu consiga encontrar de volta meu caminho só se dará o dia e que eu encontrar a nave mãe. Essa será a.... Esperem... Não acredito! Vixe Santa Maria!!! Sinais no rádio!! sinais!! sinais!!! sinais!! Minhas preces foram ouvidas! Sinais!!! Mayday! Mayday! Mayday!, aqui é a nave ZR001PT, Zé Roberto no comando, respondam! Mayday! Mayday!. Respondam por favor...Nave ZR001PT, aqui é Nave Mãe na escuta. Passe-me suas coordenadas por favor.Coordenadas? Ah meu Deus, se eu soubesse eu não estaria perdido. Mas deixa-me ver... Creio que estou próximo do planeta Plutão, pois a escuridão aqui é grande. As noites são intermináveis e a luz do Sol demora muito a chegar aqui o que me leva a crer que eu estou muito longe de vocês que devem estar sobrevoando o orbe terrestre. Espere ZR001PT, aguarde contato, pois nós não estamos conseguindo localizar você. Estamos com problemas de sinal... Caramba Nave Mãe, o sinal está muito fraco... Você está distante...Nave Mãe? Nave Mãe? Cadê você? O sinal está fraco. Responda por favor... Minha Nossa Senhora, preciso recuperar o sinal urgente e fazer com que minha nave se aproxime novamente da Nave Mãe, mas o que fazer? Não sei, mas preciso pensar rápido...
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DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 12
Diário Estelar 1234567/12
Sistema Solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e Hora: Incertos
Me sinto cansado...
Trabalhei como um louco nesta arrumação que meu corpo todo dói e uma estafa ronda meu cérebro. Mas foi bom poder encontrar guardados, textos antigos, fotos de familiares, amigos e das inúmeras viagens que fiz ainda no orbe terrestre. Grandes recordações ou como diria meu grande amigo Max Gasperazzo “Big Moments”. Talvez essas recordações é que tenham mexido comigo, porque foram muitas experiências maravilhosas, muitos momentos memoráveis que gostaria que eles nunca tivessem terminado.. Me lembro agora que quando arrumava minhas malas para enfrentar essa viagem, eu me senti extremamente emocionado ao recolher de minhas gavetas esses guardados que para mim são como pedras preciosas, brilhando no firmamento de minha vida. Todas as minhas recordações são boas, mesmo aquelas em que passei por dissabores e tribulações, pois acredito sincera e piamente que os obstáculos são provas colocadas em nosso caminho para nos testar, para que Deus possa saber até onde vai a nossa fé, a nossa determinação e a nossa perseverança em vencer as adversidades. E creio ainda que de todas as adversidades ou de todas as lombadas de nossas vidas , sempre tiramos uma lição, um motivo a mais para não errar-mos mais uma vez, experiências que serão importantíssimas para que possamos dar no futuro passos firmes e decididos. E eu penso também agora mesmo: será que eu estou conseguindo transpor com eficiência essas barreiras? Será que o chassis do carro de minha alma, de meu espírito não estaria “raspando” nessas lombadas? Se está raspando é porque devo estar pesado e esse peso, não é dificil de perder. Basta cortar algumas arestas, jogar fora o “lastro” que não me serve e deve Ter muita coisa aqui que não me serve mais. Reorganizar a vida, reorganizar a alma, reorganizar o coração... Puxa vida, agora me lembrei de algo muito importante. Passei a manhã inteira trabalhando que nem um louco para reorganizar todos os meus pertences e acabei me esquecendo de reorganizar meu coração, que ainda está confuso, batendo descompassado numa grave arritmia e me esqueci também de reorganizar minha mente, ainda perturbada pelo medo do incerto, pela insegurança do porvir, uma mente que se pergunta o tempo todo se esta viagem terá um final feliz ou se acabará. Não sei nem o que pensar, mas de uma coisa tenho a certeza. Vou lutar com todas as minhas forças para desviar a minha nave da rota de algum desses buracos negros existentes nessa imensidão.Êpa, mas que baixo astral é esse? Vou sair daqui. Vou até a ponte de comando reler o meu Gabriel Garcia Marquez que ganho mais. Quem sabe meu gravador de bordo não tenha gravado algum sinal vindo de algum lugar não é? Vou lá agora mesmo e se Deus quiser alguma coisa vai pintar...
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quinta-feira, 9 de agosto de 2007

DIÁRIO ESTELAR - CAPITULO 11
Diário Estelar 1234567/11
Sistema solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e Hora: Incertos
Como é bom ouvir música! Acho que o mundo seria tão triste sem ela. Salve os grandes compositores que trouxeram todas as melodias para o nosso deleite e os poetas também que nos brindam com poesias maravilhosas. Sempre tive vontade de escrever poesias, mas nunca consegui realizar o meu intento de escreve-las como deveriam ser escritas. Quem sabe agora, nesta solidão sem fim eu não consiga escrever algo? Acho que vou tentar uma hora dessas. Esse cd do Zé Ramalho que está tocando é muito bom, acho uma obra prima. Vou ouvir de novo Xote dos Poetas, que é talvez a minha música preferida do Zé Ramalho. Que beleza!!! Lindo isso! Fico pensando em tudo o que está lá em meu mundo, tão longe de mim e isso me dá, além da saudade, uma vontade danada de procurar logo a saída de tudo isto aqui . Preciso achar meu caminho de volta pra casa, encontrar o sentimento perdido, retomar meu rumo...Agora achei outro cd. Tô Zerado, do Cantor e Compositor Zé Geraldo. Acho que já falei sobre ele aqui neste diário não é? Eu tinha até um fã clube dele na terra. Uma grande figura, um poeta de mão cheia e um grande amigo também. Vou ouvir Coração de Rei, que é uma de minhas preferidas e que me traz grandes e belas recordações. Estou realmente emocionado e acho que ouvir essa música agora só me fez ficar um pouco mais triste, porque a saudade bate forte, quando relembro o motivo deu gostar tanto desta música. Acho que queria agora ter um copinho de Sundae para ouvir esse som. Ficaria perfeito o casamento! Mas nem geladeira nem sorvete tenho aqui. Quem sabe o Sr. Ronald já não tenha instalado um Mac em alguma nebulosa não é? Tomara...Agora que encontrei meu Discman, ele será meu companheiro durante esta viagem e vou ouvir repetidamente estes cds até enjoar ou até acabar as pilhas que eu tenho aqui. Deixe-me ver quantos cds tenho. 10! É um bom número, dá pra me divertir um pouquinho. Ôba, começou a tocar Pinel. Aliás não poderia haver tema mais apropriado para a ocasião. Não sei se vocês repararam, mas apesar deste relatório que faço se chamar Diário, ele as vezes é datado com datas iguais e não é escrito dia-a-dia, mas isto tem uma explicação. É porque vou colocando aqui minhas impressões a medida que elas ocorrem e de certa forma, acho que estou escrevendo meio que compulsivamente. Sabe aqueles mendigos que você vê nas ruas e que estão há muito tempo sós? Eles não falam sozinhos sem parar? Pois é, eu estou meio nessa situação, só que ao invés de falar sozinho eu escrevo compulsivamente. Este Diário Estelar por exemplo, era pra ser uma narrativa na primeira pessoa, e eu até que comecei a escreve-lo assim, mas agora converso com leitores imaginários, como se eu estivesse numa “prosa” com vários amigos. Será o início de uma loucura? Dizem que uma longa permanência no espaço produz efeitos sobre a mente que muitas vezes são irreversíveis. Oxalá isso não aconteça comigo. Quero me manter lúcido, pois se não for assim, nunca mais voltarei ao meu ponto de origem. Mas de certa forma, um dia alguém achará esse diário e então saberá um pouco da minha história. Quem sabe algum trechinho não sirva ao leitor ou aos leitores como uma experiência de vida? Bom, vou almoçar agora. Estou com uma fome danada. Quem sabe eu não tenha umas pílulas de pizza? Sou fanático por pizza!! Vamos ver se tenho... Hummmm... Não tenho não, mas acho que vou comer qualquer coisa mesmo, já que a fome agora bateu forte e depois do almoço tenho umas decisões importantes a tomar que podem mudar o rumo de minha viagem...
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quarta-feira, 8 de agosto de 2007

DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 10
Diário estelar 1234567/10
Sistema Solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e Hora: Incertos
Ainda bem que aqui não tem aquela poeira toda que tem lá embaixo, porque senão estaria perdido, mas assim mesmo tem um pouco. Eu não sei de onde ela vem. Seria a poeira das estrelas? Impossível, pois essa poeira não penetra em lugar nenhum. Devo ter trazido ela nessas coisas que estão aqui e que escaparam a limpeza que fiz quando embarquei. Papéis velhos, peças inúteis e obsoletas, roupas que não me servem mais...Ôpa, livros! Deixa-me ver... Nossa, meus livros espíritas... Minha Bíblia...Os sonhos não envelhecem.. Puxa esse livro é emocionante e conta a história de um movimento musical acontecido no Brasil no ano de 1.970, Século XX e que se chamava Clube da Esquina e foi escrito por um grande compositor chamado Márcio Borges.. Nossa tem mais, deixa-me ver...Cem anos de Solidão, Gabriel Garcia Marquez! Lindo livro Foi um presente de uma grande amiga do Brasil, a Sol! Tem até uma dedicatória. Vou guardar para sempre com carinho. Olha outro aqui que foi presente. Dicionário do dialeto Caipiracicabano. Esse é legal, pois traz a tradução de algumas palavras e expressões que eram utilizadas pelos Piracicabanos. Não sabem o que são Piracicabanos? Os Piracicabanos são um povo da cidade de Piracicaba, interior de São Paulo, um povo bastante acolhedor e carinhoso. Aliás, esse livro me foi me dado de presente por uma carinhosa amiga, a Rita, que era moradora de Piracicaba, uma cidade encravada no interior do Estado de São Paulo que é um estado do Brasil lá no planeta terra e trás um apanhado do dialeto de povo de lá. Estou vendo que aqui também tenho os livros de um grande amigo, o Poeta e Cronista, Jornalista e Compositor Tavares Dias, grande figura humana e um amigo eterno que é morador de um outro estado brasileiro, o Espírito Santo, aliás, uma pessoa de luz como o Tavares não poderia ser de outro estado. Onde estaria agora o Tavares? Pela lei natural da vida, neste futuro ele deve estar em alguma estrela. Mas, esteja onde estiver, acredito que esteja muito bem. Quanta saudade! Bom, acho que meus livros devem estar todos aqui e vou arrumá-los direitinho. Mas deve estar faltando um. Deixa-me ver... Ah, aqui está! A História de Beatriz!! Um dos livros que eu escrevi quando estava na terra e o único que guardei. Uma história fascinante, mas triste ao mesmo tempo. Foi difícil escrever este livro! Demorei um pouco, porque em vários capítulos a emoção fez com que eu parasse de escrever. Eu não conseguia passar para o papel tudo aquilo que eu sentia e não conseguia descrever com todas as letras a verdadeira essência da história, porque como disse, a história por vezes é muito angustiante. Mas por vezes também é alegre e recheada de amor. Onde andará Beatriz, minha musa inspiradora nesse livro? Puxa, quantas recordações maravilhosas! Estou emocionado de verdade. Que saudade de Beatriz!!! Desejo que ela esteja super bem hoje, esteja ela onde estiver. Mas vou continuar aqui a minha lida, pois se eu ficar com recordações desse naipe vou baixar meu astral e então ficará ainda mais difícil continuar essa viagem solitária. Estou vendo que tenho aqui umas fotos antigas, uns recortes de jornal impressos do século XX, disquetes de computador que há muitos e muitos anos não se usam mais e que vocês talvez nem saibam o que sejam esses tais disquetes que eram usados para se gravares dados de computador. Tem também umas pilhas de rádio, um fone de ouvido e...Achei meu Discman! Puxa, velho e empoeirado mas está aqui! Vou por umas pilha dentro dele, se é que elas estão ainda com carga. Tem um cd aqui dentro, deixa eu ver se toca. Ligou!! Vou aumentar o volume:
“Não admito que me fale assim
Eu sou o seu décimo-sexto pai
Sou primogênito do teu avô, primeiro curandeiro
Alcoviteiro das mulheres que corriam sob o teu nariz
Me deves respeito, pelo menos dinheiro
Ele é o cometa fulgurante que espatifou
Um asteróide pequeno que todos chamam de terra
Um asteróide pequeno que todos chamam de terra...”
Puxa, essa música é velha hein? Kryptônia de Zé Ramalho, cantor e compositor do estado da Paraíba no Brasil. Tinha o apelido de profeta. Será? Seja lá como for, espero que a previsão dele esteja errada e que o cometa fulgurante nunca se espatife, porque tem bilhões de pessoas montados na cauda dele a essas alturas e eu espero voltar a ser um deles. Acho que vou me sentar um pouco aqui para matar a saudade de uma boa música e vou aproveitar para descansar um pouco...
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terça-feira, 7 de agosto de 2007

DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 9
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Diário Estelar 1234567/9
Sistema Solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e Hora: Incertos
A vantagem de você ser um astronauta e viver no espaço é que depois de tomar o café, almoçar ou jantar, você não precisa lavar nem enxugar a louça, o que é um saco na minha opinião. Eu acabo de tomar meu café e está tudo limpo e organizadinho aqui na minha dispensa. Vou me sentar um pouco aqui na poltrona aqui da ponte de comando para observar mais uma vez o firmamento e meditar um pouco...
Sabem, se um dia esta nave for encontrada vazia, espatifada em algum lugar e este Diário for encontrado, com certeza, se procurarem pela área por perto, encontrarão também meu coração, porque os dois andam sempre juntos, são companheiros inseparáveis que se consolam, que se amparam e que fazem com que tudo possa ter sentido, mesmo quando as coisas estão confusas como agora. Sempre amei demais os meus amigos e me dediquei ao máximo por todos eles e este coração que agora pulsa solitário neste vazio, está repleto deles, amigos queridos que me completam, que me fazem acreditar que podemos mudar o mundo e a nossa existência. E se algum deles se torna distante, sofremos em demasia, nos amarguramos, ficamos com uma saudade enorme e às vezes até nos chateamos, mas o lugarzinho deles está sempre ali, reservadinho e nunca vai ser utilizado por outra pessoa. Ás vezes eu acho que que amo demais os meus amigos e a dedicação faz com que eu os queira sempre presentes e ativos, o que muitas vezes é impossível. Mas creio que alguns desses amigos sabem que sou assim, meio cabeça dura e tenho a certeza de que eles devem saber que eu os amo profundamente e que meu carinho por eles será eterno. Um amor sem limites como é infinito o universo. Que Deus abençoe todos os meus amigos! Sinto vontade de chorar agora, um nó na garganta faz com que meus olhos fiquem marejados e querendo fazer brotar lágrimas sentidas e emocionadas. Vou ter que fazer algo, senão vou pirar... Acho que vou fazer uma faxina aqui na nave, e quem sabe eu não descontraia um pouco realizando alguma tarefa. Preciso fazer uma faxina não só aqui na nave, mas também em meu interior, fazendo com que algumas arestas sejam aparadas. Quando eu estava na terra, estudava a Doutrina Espírita de Allan Kardec e na doutrina, a prática de se fazer essa faxina interna se chamava “Reforma Íntima”. Seres em evolução que somos temos a necessidade de fazermos essa reforma íntima e sem isso, nunca cresceremos moralmente, nunca evoluíremos espiritualmente como deveríamos evoluir. As vezes essa tomada de consciência é lenta e demorada, mas sinto que estou dando o meu primeiro passo, o que é extremamente importante para mim nesta minha caminhada evolutiva. Então, o que esperar? Mãos á obra Zé Roberto!! Coloque o guarda pó espiritual e comece logo essa limpeza!! Bom, mas vamos começar pela limpeza material que a espiritual vou fazendo aos poucos. Deixa eu subir aqui no porão... Nossa, quanta tranqueira! É lixo que não acaba mais. Deixa-me ver... Caramba, nem sei por onde começar..

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

DIÁRIO ESTELAR - CAPITULO 8
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Diário Estelar 1234567/8
Sistema Solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e Hora: Incertos
Meu sono, que deveria ser reparador, foi turbulento, como um avião que percorre o espaço aéreo em uma extrema tempestade, ou como um barco a remo que percorre um maremoto, singrando uma Tsunami. Tive um pesadelo que não desejo para o meu pior inimigo e acredito que tive somente mais ou menos 2 horas de sono corrido. O resto de minha “noite”, foi intercalado por uma insônia super estranha, onde você está morrendo de sono mas não consegue dormir. Será que alguém no mundo já passou por isso? Duvido! Acho que essa experiência foi única, muito pessoal mesmo e um reflexo de tudo o que eu passei na noite anterior. Pensei em tomar um calmante, mas não tenho nenhum remédio a bordo, porque quando fiz o curso de astronauta, passei por uma bateria de exames que mostraram que eu estava estava muito bem e daí não trouxe sequer um comprimido para dor de cabeça, quanto mais um calmante. Então a minha única alternativa foi rolar de um lado para outro em minha cama, numa agonia sem fim. O silêncio do firmamento e a nave desligada, funcionando apenas com o piloto automático, fez com que aumentasse mais e mais essa minha agonia e em determinado momento, cheguei a pensar que se eu colocasse minha roupa espacial e saísse pela escotilha da nave, dando umas voltas no vazio, poderia relaxar. Dar voltas no vazio? Ah meu Deus, que bobagem! Dar voltas no vazio é tudo o que eu tenho feito até agora.Vou tomar meu café e de repente posso me descontrair. Um banho agora seria ótimo! Uma banheira de hidromassagem tipo daquelas pré-históricas Jacuzzis, espuma na água, óleos aromáticos balsamisantes. Huummmm... que delicia seria! Mas aqui a coisa é diferente e não dá pra ter essas mordomias todas. Vou tomar meu café e depois vou tentar achar o que fazer. Quem sabe não começo a escrever minha biografia? Ou minhas memórias? Quem sabe umas poesias? Me lembro com saudade da época que eu escrevia pra publicar na internet, numa rede de comunidades chamada 1Grau e depois num troço chamado Orkut. Acho que era o ano de 2004 ou 2005 se eu não me engano. A comunidade se chamava Espaço da Escrita e lá colocava todas as minhas poesias, crônicas, e textos diversos. Bons tempos aqueles! Bom, deixa eu tomar meu café... Pílulas frias e sonsas! Aaaaarrrgghh!!! Incrível, esta pílula de café está um pouco amarga hoje. Será que ela também está impregnada deste meu estado de espírito? Quem sabe? Mas deixa pra lá... Vou me alimentar, pois como se diz por aí, saco vazio não para em pé, não é? Assim que tomar meu café, vou a sala de reuniões e quem sabe eu não escreva mesmo alguma coisa. Talvez eu fique refletindo sobre tudo o que eu passei. Quem sabe eu não acabe traçando planos para o futuro? Ah sim, me lembrei: Preciso procurar aquele antigo Discman, pois eu sei que eu tenho ele guardado em algum lugar, assim como alguns cds, Mas aí já é uma outra história...
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