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quinta-feira, 30 de outubro de 2008


MEU EMOCIONANTE ENCONTRO COM O POETA NUMA ESTAÇÃO DE METRÔ
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Um dia complicado, de um baixo astral muito grande para mim. Essa era a Quarta Feira de extremo calor que eu estava enfrentando na tarde de São Paulo. Os problemas pessoais de grande monta faziam com que eu andasse um tanto quanto cabisbaixo, com passos lentos, refletindo sobre o dia que foi, (infelizmente), mais uma vez infrutífero. A tristeza tem sido minha companheira constante e ando com a emoção á flor da pele. A escrita através dos textos e das poesias, tem-me servido como um alento, como o bálsamo que faz com que eu me sustente, que faz com que eu enxugue ás lágrimas, seguindo pela vida e pelos percalços com a determinação de quem tem a certeza da vitória, mesmo que ela pareça distante e eu agradeço a Deus todos os dias por ter o dom de escrever, mesmo que de forma singela, pois o ato de por no papel algum texto ou alguns versos, muitas vezes modifica o meu dia para melhor.Pois bem, buscando uma paz interior em contraponto com os dissabores que acabara de ter horas atrás (e que não vem ao caso agora), estava voltando para casa, pensando numa melhor maneira de me tranqüilizar. Precisava de um sustentáculo de um bom motivo para desviar o meu pensamento e pensei na escrita, mas lamentavelmente eu não portava uma caneta para tentar rascunhar algo que me distraísse. Desci então as escadas do Metrô da Estação República no centro de São Paulo, imaginando aqueles vagões lotados, super quentes, com pessoas que muitas vezes parecem estar indiferentes aos problemas da gente, que não se preocupam mais em nos perguntar se precisamos de algo e seguem seu caminho como se nós fossemos transparentes. Mas que bela maneira de relaxar essa hein? Bom, parei subitamente então próximo ás paredes laterais do salão intermediário existente entre o térreo e as plataformas e fiquei raciocinando sobre o que acabara de pensar e não me contendo, resmunguei em voz ligeiramente audível:
-Meu dia foi tão ruim hoje, mas quem se importa com que eu passei ou deixei de passar?
Ao resmungar para mim mesmo, ouço uma voz calma e suave que ecoa ao meu lado:
-Meu amigo, O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso!Assustado, me virei para ver quem tinha falado comigo e tomei um susto! Sem acreditar no que estava vendo, respondi com uma voz trêmula de emoção dizendo:
-Poeta querido, o senhor por aqui! Meu Deus, que alegria, eu amo seu trabalho! o Senhor é uma celebridade no mundo da poesia e da literatura e encontrá-lo é uma grande alegria!
O poeta então, com seu olhar humilde, disse-me, fitando meus olhos brilhantes, semimarejados:
- Procures me amar quando menos mereço, pois é quando mais preciso. Veja meu amigo, o que vou dizer sobre muitas celebridades: Era um grande nome - ora que dúvida! Uma verdadeira glória. Um dia adoeceu, morreu, virou rua... E continuaram a pisar em cima dele
-Verdade Poeta, que lindos pensamentos, verdadeiros mesmo! -“Quando menos merecemos é quando mais precisamos!” Me perdoa por adaptar seu pensamento poeta, mas me lembrei agora da belíssima passagem do Evangelho onde Jesus nos diz que “Os sãos não precisam de médico...” E eu também acho que todos nós temos que lutar para sermos lembrados pelas obras que deixamos e não pela celebridade que fomos.
-Sim, sem dúvida meu amigo, ouça o que este velho poeta vai lhe dizer: Não devemos servir de exemplo a ninguém. Mas podemos servir de lição. Que adianta sermos um nome em uma placa de rua se o nosso exemplo não é e nem foi dos melhores?
-Verdade meu querido poeta, verdade mesmo. Sabe poeta, eu gosto muito de escrever e a escrita me fascina por demais desde que eu era adolescente e poetas como o Senhor sempre me inspiraram. Eu não teria a ousadia de lhe pedir algumas dicas, mas sabe, ás vezes depois de escrever, leio o que escrevi e penso que escrevi uma grande bobagem, que as pessoas não irão gostar...
-Ora meu caro, ás vezes a gente pensa que está dizendo bobagens e está fazendo poesia! Veja por exemplo: Se alguém te perguntar o quiseste dizer com um poema, pergunta-lhe: O que Deus quis dizer com este mundo? Eu acho que você deve ousar e colocar no papel o que a inspiração lhe ditar. Vou lhe dizer uma coisa meu amigo e sei que entenderás: Há noites que não durmo de remorso por tudo o que deixei de cometer, entendeu?
-Meus olhos marejam poeta, marejam por ouvir suas palavras que acima de tudo são um incentivo a mais para que eu escreva mais e mais e esta última lição, é uma lição de vida acima de tudo. Tenho lutado muito para isso, tenho procurado buscar no fundo de minh’alma as palavras mais bonitas do mundo para que elas se juntem a fim de formarem versos, estrofes e poemas que tenham no mínimo um milésimo da beleza que os seus poemas tem, mas por vezes parece tão difícil buscar palavras que possam exprimir com clareza e sentimento aquilo que o coração está ditando para a mente. Qual é o segredo meu querido poeta?
-O segredo meu caro amigo, o segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você...
-Ah meu Deus! Que lição maravilhosa! Meu poeta querido, que honra poder beber em tua fonte, que privilégio poder absorver suas palavras, palavras sábias de quem não só emociona com versos de amor, como também de quem tem grandiosas lições de vida a nos ensinar... Eu fico pensando ás vezes, como os analfabetos devem sofrer por não saberem ler, pois se privam de trabalhos tão lindos quanto o seu.
-Ah, mas os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem meu amigo, pode acreditar no que digo.
-É, pensando bem, tens razão, pois raciocinando melhor, percebo que os analfabetos dispõem de pessoas que possam ler seus versos para eles, já os letrados...
-Sim, sem dúvida.
-Mas me diz uma coisa meu querido, sem querer abusar, queria lhe perguntar uma coisa: Ás vezes eu leio determinados poemas e tenho uma grande dificuldade em interpretá-los. Como faço para interpretar um poema?
-Amigo, a resposta está na ponta da língua:
-Hummmmmm Eu nunca vi essa questão por esse ângulo, mas tens razão meu querido, é verdade! O poema por si só é uma interpretação!
Nesse momento senti uma emoção fortíssima que veio num rompante e olhando nos olhos do poeta, perguntei:
-Posso lhe dizer uma coisa Poeta?
-Claro que sim, pode dizer o que desejares.
-Essas suas lições embargam a minha voz e sinto uma vontade... uma vontade muito grande de chorar. Estou num momento difícil de minha vida e a emoção meu amigo flui em minhas veias de forma latente, borbulhante, e ameaça á todo momento rompê-las como se ela (essa minha emoção) fosse explodir numa hemorragia incontrolável que sutura nenhuma conseguiria reparar...
-Pois chore, a emoção é bem vinda e nos faz bem...
Nesse momento então, lágrimas copiosas começaram a rolar de minha face, pingando no chão, como gotas líquidas de tristeza que saiam de meu âmago e era como se essas gotas de tristeza viessem de um reservatório interno que ia lentamente se esgotando á medida que as lágrimas iam saindo de meus olhos. Um choro compulsivo e incontrolável que passava desapercebido pela multidão de apressados que corriam em busca de um melhor lugar nos trens do Metrô, mas lágrimas essas que eram percebidas e compreendidas pelo poeta querido que estava ao meu lado e que mesmo em silêncio absoluto me consolava de forma carinhosa e abnegada. Após o choro compulsivo, esgotei o meu reservatório de tristeza. Era como se eu precisasse chorar para desabafar e esgotar, mesmo que por um instante a tristeza que se abatia sobre meu espírito.
Comecei a me recompor e então o poeta, olhando carinhosamente em meus olhos disse:
-Me parece que o amigo busca a felicidade e sinto que você procura ser feliz, por isso quero lhe dizer algo e quero que medite muito sobre o que vou lhe dizer agora meu amigo: Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. E tem mais amigo:
Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão,por toda parte,os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!
-E eu poderia ainda completar:
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!.
-É verdade poeta, que lindas são essas mensagens e que lindos são esses versos! Isso mesmo! Sim, eu prometo guardar essa valiosa lição e meditar sobre ela todos os dias de minha vida.
-Sim, viva, lute, escreva sempre cada vez mais e não temas o futuro, pois nós vivemos a temer o futuro, mas é o passado que nos atropela e mata! Escreva, coloque no papel aquilo que teu coração mandar. Desabafe, ame, proteste, mas faça da poesia o instrumento que venha a lhe trazer alento e que possa te trazer felicidade ou ao menos paz de espírito.
-Ah sim poeta, vou escrever sempre sobre tudo, mas sempre com muita verdade, me esquivando das mentiras.
-Claro, mas você sabe o que é a mentira de fato?
-Não, não, talvez uma inverdade?
-Eu creio que a mentira é uma verdade que esqueceu de acontecer meu amigo... Você fala em escrever sobre tudo e você está certíssimo. Veja esses versos que fiz e pense sobre eles:
Qualquer idéia que te agrade,
Por isso mesmo... é tua.
O autor nada mais fez que vestir a verdade
Que dentro de ti se achava inteiramente nua...
-Ah, bendito seja poeta abençoado! Que benção aspirar os balsamizantes ares da poesia que vem trazendo seus versos e que são um perfume para o meu olfato espiritual meu querido poeta! É engraçado, mas ás vezes fico meditando sobre os poetas, sobre o que é ser poeta e acho que todo poeta tem um pouco de louco e vice versa, tanto que tem um ditado popular que diz: Dizem que de louco e poeta todo mundo tem um pouco. Eu por exemplo acho que tenho demais dos dois, mas quem saberia dizer?
-Meu caro, sabe qual é a diferença entre um poeta e um louco?
-Não, por favor, explique!
-A diferença entre um poeta e um louco é que o poeta sabe que é louco... Porque a poesia é uma loucura lúcida.
Interrompi nesse momento a explanação do poeta, e maravilhado que estava abri meu melhor sorriso exclamando:
-Sim, sim, sim, sim, mil vezes sim poeta! Bravo! Bravissimo!!
-Pois como eu dizia meu caro amigo, escreva sempre, tenha a consciência de que os verdadeiros versos não são para embalar e sim para abalar... Que a sua poesia possa emocionar e unir as pessoas cada vez mais e que ela possa ser a incentivadora de outras pessoas que, através de sua poesia se motivem a escrever também. Não se preocupe se nem todos os que você gostar gostem de ti. Eu por exemplo não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim. Nem que eu faça a falta que elas me fazem. O importante para mim é saber que em algum momento fui insubstituível e que esse momento foi inesquecível. e tem mais, você pode encontrar em seu caminho, pessoas que estejam contra você ou que queiram atravancar o seu caminho, mas sabe o que eu peso sobre isso?
-Diz meu poeta, sou todo ouvidos...
Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!
-Ah meu Deus! Mas que coisas fantásticas são essas que você acabou de dizer meu querido e amado poeta. Você toca profundamente os nossos corações e sinto agora que não são meus olhos que marejam, mas sim que é o coração que mareja...
Meu coração pulsava alegria e marejava felicidade, uma felicidade incontida, motivada por este inesperado encontro. As lágrimas de tristeza se transformaram em lágrimas de felicidade e agradecimento e eu já não conseguia mais manter um diálogo lúcido, pois o pensamento, embotado por uma mistura de êxtase e estupefação e essa sensação, ao contrário de ser ruim, era ótima, pois estava me levando a um estado de espírito tão gostoso que eu já não me sentia mais dentro de uma estação de metrô e tampouco visualizava mais as pessoas á minha volta que poderiam eventualmente até esbarrar em mim, mas eu não as sentiria, pois o que sentia de fato nesse momento mágico era a felicidade de me embebedar de prazer nas fontes poéticas deste grande poeta, com o qual estava tendo a honra e a benção de poder encontrar. Nada é por acaso, assim eu penso e sei que este encontro não foi por acaso... Sentia uma vontade louca de ficar por horas a fio conversando com esse “bom espírito”, mas senti que o tempo passava depressa e que para ambos, a necessidade de seguir cada um o seu caminho se fazia necessária, por isso, tornei a olhar nos olhos deste que é o meu grande e preferido senhor dos versos e com uma voz ainda mais emocionada disse-lhe:.
-Obrigado por este encontro! Obrigado pelas lições! Obrigado por sua feição doce, por esse olhar de incentivo, por esse seu sorriso que é um sorriso poético e por tudo aquilo que nos deixa como legado. Palavras eternas que o tempo jamais vai apagar de nossos livros e principalmente de nossos corações. Sua obra será eterna meu poeta abençoado! Que Deus o ilumine e que sua estrela brilhe para sempre!
Após dizer-lhe essas palavras de agradecimento eu tomei a liberdade de abraçá-lo ternamente e beijei-lhe as mãos abençoadas que tanto trabalharam em prol desta arte que ele sempre cultivou com muita dedicação. E mesmo que ele não tivesse me respondido e nem agradecido oralmente as minhas palavras, o fazia com o olhar e o sorriso que eram o olhar e o sorriso de quem tem muita luz a espargir pela vida eterna e de quem sempre estará a iluminar a vida de muita gente, seja na solidão de um quarto de hotel ou mesmo num vagão lotado de metrô em pleno horário de rush... Antes de nos distanciarmos efetivamente, ele me passou um cartão e enquanto ele se afastava lentamente eu li em voz alta:.
Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso
Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)
E talvez de meu repouso....
Neste instante ás lágrimas novamente desceram caudalosas pela minha face e eu nada mais consegui falar. Enquanto eu visualizava meu querido poeta se afastar com seus passos lentos e cadenciados a única coisa que consegui exprimir baixinho foi: A sua benção, meu querido, amado e eterno, MARIO QUINTANA!
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*Este texto foi escrito inspirado em um momento de muita emoção que tive na quarta feira, 29 de Outubro, quando, muito chateado por alguns problemas particulares me dirigia até a plataforma da Estação República do Metrô de são Paulo, para retornar para casa depois de um dia complicadíssimo, quando me deparei com uma exposição sobre o nosso querido Mario Quintana que acontecia no salão intermediário entre a catraca de entrada da estação e a plataforma de embarque. Imaginei então o meu encontro com ele, ali na estação e escrevi os diálogos, tomando a liberdade de escrever alguns diálogos dele para comigo usando frases escritas por ele e versos, também de sua autoria, os quais se encontram em marrom.

domingo, 26 de outubro de 2008

AS PEGADAS QUE O TEMPO NUNCA VAI APAGAR

Sinto que o tempo, de forma lenta e gradual está se incumbindo de cobrir as marcas que deixamos impressas na areia molhada da praia quando a maré ainda era alta e nos permitia caminharmos de mãos dadas por madrugadas de lua cheia em meio á cenários lindíssimos, deslumbrantes, excitantes á visão e ao tato.Hoje o mar é outro, mais calmo e as nossas pegadas que formavam uma longa fila de passos sincronizados está lentamente se perdendo a cada quebrar de onda. O sol por sua vez tem colaborado para secar a areia da praia e outras pegadas nossas também vão desaparecendo, pois o vento arrasta areia de outros lugares, cobrindo a forma deixada pelos nossos pés...Mas creia, mesmo que um dia, por razões alheias á nossa vontade, as pegadas que deixamos vierem a desaparecer completamente da areia da praia, outras pegadas nossas estarão e ficarão eternizadas, pois são as pegadas deixadas pelos nossos corações na superfície de nossas almas e lá estarão eternamente protegidas das marés, do sol e do vento e lá para sempre ficarão, como lembranças maravilhosas de tudo aquilo que um dia aconteceu entre nós!

OS SINOS DA REALIDADE!
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Ouço ao longe soarem os sinos
De uma igreja chamando seus fiéis
E no caminho percebo o conversar de meninos
Fazendo pipas com cola, linha e papéis
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O som dos sinos é estarrecedor
E agride os meus ouvidos
Enchendo meu peito de temor
Que se manifesta em medos desconhecidos
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Não me conduzo, sou conduzido
Não consigo falar, estou mudo
O que teria acontecido
Para que eu passasse por isso tudo?
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Sinto que os passos são lentos
E no ar paira um choro compulsivo
Em volta de mim só escuto lamentos
Me acho deveras apreensivo
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Mais próximos agora soam os sinos
Com suas estridentes badaladas
Não ouço mais o conversar dos meninos
E tampouco as vozes, que agora estão caladas
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Percebo uma escadaria e por ela vou subindo
Não pela minha própria vontade
Mas guiado pelos que estão me conduzindo
Para as portas de uma dura realidade
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Realidade dura que eu não queria aceitar
Mas que me toma de pronto quando adentro o enorme salão
Ao ouvir baixinho o sussurrar
De lamentos sentidos em forma de oração
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E é só isso meus amigos, o que consigo ouvir agora
Neste santo e sagrado ambiente
Onde o Padre se apronta sem demora
Pois está se aproximando a hora
Dele rezar a minha missa de corpo presente!
A LINHA DIVISÓRIA ENTRE A VIDA E A MORTE...
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Cada um á sua maneira e de acordo com as suas crenças tem as suas concepções relativas à vida e a morte. Uns se questionam de onde vieram, outros para onde vão. Alguns crêem que a vida termina com a morte, já outros acreditam (como eu) que há uma continuidade de nossas existências numa outra dimensão. Mas creio sinceramente que uma dúvida seja meio que comum entre muita gente. Qual seria a linha divisória entre a vida e a morte? Seria o relatório de um médico atestando que o paciente que ele trata está desenganado em virtude de uma doença incurável e só terá alguns dias de vida? Seriam os desvarios mentais que levam alguém a pensar em suicídio ou seria efetivamente o último suspiro dado por alguém em seu leito de morte? Eu já tive a experiência de E.Q.M e achei que aquele túnel de luz que eu via se descortinar á minha frente era a linha divisória que me separaria da vida, levando meu corpo á morte... Mas estava enganado, não era também... E a dúvida persistiu até hoje, quando, vendo por acaso um programa de televisão acabei descobrindo sem querer, qual é de fato a linha divisória entre a vida e a morte, aquela que separa efetivamente o corpo da alma e isso me fez finalmente achar uma resposta para esta dúvida que sempre me atormentou. Esta linha é fina e tênue, branca como a pureza dos anjos e de longe imperceptível aos nossos olhos. Creio que todos que lerem este texto decerto irão me perguntar: Mas se você descobriu a resposta, por favor, a compartilhe conosco para que possamos também decifrar esse mistério que nos revolve o pensamento. Pois é, meus amigos, eu poderia discorrer sobre isso, mas não o farei, pois uma certa revolta toma conta de meu peito e as palavras não conseguem brotar mais. Tomado por uma certa emoção, as únicas e derradeiras palavras que consigo escrever são: Maldito Cerol!

A SUA BENÇÃO DORIVAL CAYMMI !!
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Criaste obras únicas e belas
Que pelo tempo se perpetuaram
Como as mais belas telas
Que os mais famosos pintores criaram
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Seus versos lindos emocionam
E hão de ecoar eternamente
Prazer e alegria nos proporcionam
Trazendo paz ao coração e a mente
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Agora, o Brasil lhe dá adeus
Pois sua existência na terra é finda
Mas lá em cima, ao lado de Deus
Sua caminhada será infinda
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E se recebeste na terra muitas homenagens
No plano maior receberá ainda mais
Ao lado de outros poetas em belas paisagens
Os quais te admiram demais
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E sei que que lá de cima, ao lado de Jesus
Continuarás a compor suas canções
Levando ao outro lado da vida a Luzq
Que sempre iluminou na terra nossos corações!
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Marina, morena Marina, você se pintou...
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Este poema foi escrito no dia do desencarne deste grande poeta brasileiro que nos deixou obras eternas de inestimável valor...
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Obrigado Dorival Caymmi pela obra eterna que nos deixastes e que os amigos espirituais o abraçam com carinho...

sábado, 25 de outubro de 2008





TE AMO MINHA AMIGA....
Ainda me lembro da primeira vez... O encanto pela amizade fazia transcender uma aura brilhante sobre nós e isso impulsionava nossos corações a bater mais fortes, mais felizes e isso era visível no brilho de nossos olhos. Ah o abraço! Que abraço gostoso, longo e demorado demos um no outro. Por mais tempo que esse abraço durou pareceu ser tão rápido, mas não foi, durou muito. Colamos nossos corpos um no outro sem medos nem falsos pudores. Eu comprimia seu peito contra o meu e podia sentir seu coração bater coladinho ao meu e isso me causou uma emoção ímpar e me lembro também que aproximei meu olfato de seu pescocinho e pude absorver dois perfumes maravilhosos, um natural que toda mulher tem e outro de um perfume doce e meio afrodisíaco que você usava. Me inebriei com esses aromas divinos... Lembro também que após esse abraço gostoso segurei seu rosto carinhosamente com uma das minhas mãos e com a outra, comecei a fazer em sua cabeça um gostoso cafuné que fez com que você fechasse seus olhos, procurando sentir meus dedos percorrendo sua cabeça e seus cabelos que exalavam também um gostoso perfume. Não resisti e comecei a passar as costas de minhas mãos em seu rosto e ao mesmo tempo, admirava-te com muito carinho. Você, com os olhos fechados, procurava sentir o carinho que imaginei, tanto desejava. Como foi bom sentir você relaxando gostoso como que a querer adormecer. Mas não estavas a ponto de adormecer e sim, estava viajando em pensamento, fazendo fluir um sentimento que até então lhe parecia proibido, lhe soava meio fora do tom. Mas o amor falou mais alto e senti você se entregar de corpo e alma. Foi aí que, sentindo sua entrega, ergui seu rosto delicadamente, olhei bem dentro de seus olhos e segurando seu rostinho com as duas mãos e comecei a me aproximar de seus lábios com meus lábios...
Sincronizadamente fechamos nossos olhos e nossos lábios se tocaram, primeiro de uma forma tímida e trêmula, mas logo nossos lábios perderam a timidez e começaram um bale frenético, nervoso e um tanto quanto sensual que durou uns cinco minutos, embora eu desejasse que nunca mais terminasse de tão gostoso que estava aquele beijo mútuo, trocado com gosto e vontade. Após esse beijo, nos abraçamos novamente, eu lentamente aproximei minha boca de seu ouvido e com meus lábios quase colados em seu ouvido sussurrei baixinho: Te amo minha amiga! Te amo muito!! Aí, depois dessa troca de carinho, desse cafuné gostoso, desse beijo impulsivo e dessa declaração sincera, nos levantamos, peguei em sua mão e saímos pelo parque de mãos dadas com uma alegria imensa em nossos corações por sabermos que ali, naquele momento selaríamos uma das amizades mais gostosas do mundo....Ah, que saudades de você minha amiga linda....
Esse texto foi inspirado em alguns textos de minha amiga Maris sobre o amor entre amigos e a imagem com os "Amores Perfeitos" é porque eu acho que o amor emtre amigos é o amor mais perfeito que existe.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O JORNAL VAZIO...

Hoje acordei cedinho... Depois de tomar meu café da manhã senti uma vontade danada de ler o meu jornal diário para ver as novidades, mas não podia. A saudade bateu forte em um coração recheado de saudades, mas tive que segurar a ansiedade até que eu conseguisse ir até ao jornaleiro mais próximo, nem que fosse para ler o jornal pendurado na parede da banca a fim de ler um pouco de meu periódico preferido Ah, como é difícil segurar a ansiedade! Viciado que estou e sou em ler as notícias todo dia, me senti angustiado e agoniado, já que ontem não puder ler as notícias.Mas enfim, consegui sair de casa e caminhei depressa a banca mais próxima onde pedi meu jornal favorito e com o coração acelerado fui logo pra primeira página. Mas por um momento fiquei triste... Triste porque desde que leio meu jornal diário é a primeira vez que não vejo seu nome na primeira página em alguma notícia ou mesmo numa simples linha. Você sempre esteve lá, mas hoje, embora te procurasse não te encontrei, por isso, não tive mais vontade de ler o resto do jornal e retornei para a casa um pouco triste e com o coração ainda mais saudoso. Que o jornal de amanhã possa trazer você de volta...
Pode um poeta ser condenado?
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Pode um poeta ser condenado
Por escrever com propriedade
Sobre as belezas de uma linda cidade
Onde fisicamente nunca tenha estado?
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Pode um poeta ser condenado
Por falar sobre as águas das cachoeiras
Sobre a beleza de rios e suas corredeiras
Sem nunca neles ter se banhado?
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Pode o poeta ser condenado
Por descrever de forma tão bela, o véu
Que formam as estrelas no céu
Sem nunca ao espaço ter viajado?
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Pode por fim, o poeta ser condenado
Sem o veredicto de um juiz ou de um só jurado
Por escrever com emoção e calor
Sobre as belezas de um grande amor
Que não seja aquele que tem ao seu lado?
-
Não sei, mas preciso urgentemente saber
Antes que me levem a dar um passo em falso
Neste frio e aterrador cadafalso
Que pode fazer minha poesia, minha simples poesia
Pra sempre perecer...
MEU BELO ALVORECER...
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Hoje acordei ansioso
Por ver nascer logo o dia
Um dia muito gostoso
Que é de festa e de alegria
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Olhei pela janela após me levantar
E vi nas ruas um brilho diferente
Diferente daquele que costumo mirar
Nas ruas da cidade normalmente
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Havia uma gostosa atmosfera de amor
Fraternidade, paz, fé e felicidade
Que tinha como exemplo um sol, cuja cor
Brilhava no céu com toda a intensidade
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E esse espetáculo maravilhoso
Me deixou de alma lavada
Tornando meu despertar majestoso
Nesta belissima alvorada
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Por isso, ajoelho-me agora
Neste dia que me traz belas mudanças
Rendendo graças á Nossa Senhora
Neste lindo dia que também é das crianças
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E nessa oração fervorosa
Que faço agora neste começo de dia
Em profunda vibração ofereço uma Rosa
Uma Rosa bela em cor e magia
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Que ofereço nessa hora
Aos nossos pequenos, nosso encanto
Para que Nossa Senhora
Possa protege-los com seu manto
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Cobrindo-os com sua luz intensa
Para que eles possam para sempre ter
Essa mesma luz imensa
Que colore agora, de forma densa
Este meu delicioso e belo amanhecer....
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POESIA FEITA PARA PARA O DIA 12 DE OUTUBRO, DIA DAS CRIANÇAS E DE NOSSA SENHORA!
O FINITO DA MATÉRIA

Eu não creio no infinito! Pode parecer incrível, mas quando se trata de espaço sideral eu não creio que exista um “infinito”. Pra mim o fim é muito longe ou como dizem os mineiros, “longe pra dedéu”, por isso, na minha opinião, inalcançável. Talvez não existam mecanismos capazes de se chegar ao fim ou se determinar o fim, mas que ele existe. Eu tenho certeza.Baseado nesse meu pensar, um dia, meditando sobre o mundo e seus problemas, tive em minha mente uma certa inspiração e um certo “insight” que me levou a criar uma teoria um tanto quanto maluca que eu gostaria de compartilhar com vocês, caríssimos leitores.Tudo neste mundo é composto de matéria e a matéria o que é? É um agregado de partículas que se juntam para compor tudo o que temos em nosso mundo e em nosso espaço. Essas partículas agregam-se e tornam-se matérias sólidas, líquidas ou gasosas. As pedras são agregados de partículas, as notas de dinheiro idem as águas idem, os vapores, as nuvens idem e nosso corpo também. Se vocês observarem a matéria em microscópios super potentes, verão essas partículas individuais e perceberão que cada partícula é um mundo em particular. Pois bem, então falemos do nosso corpo em especial. Somos um agregado de partículas que formam á princípio as células e posteriormente tudo o mais que compõe nosso organismo, nosso corpo. Se observarmos num microscópio super potente uma única célula, verificaremos que ela é um mundo em particular e creio ainda que a célula deve ser formada de partículas também que são mundos particulares. Está dando um nó na cabeça de vocês? Então quero que pensem num primeiro plano na partícula que forma uma célula e tente imaginar a visão que tem essa partícula para o resto do corpo, ou seja, como esse “micro-micro-microscópico” corpo enxerga o nosso corpo? Se ele estiver no dedão do pé, imaginará que o espaço onde ele gravita (corpo humano e espaço externo) é infinito ok?Mas o fim é no alto da nossa cabeça!Então agora vamos relaxar um cadinho para espairecer...


Quando ficamos doentes é sinal de que temos um grupo de células doentes em nosso organismo que nos causam os males físicos. Então o que fazemos? Vamos ao médico e ele, após diagnosticar o problema, opta por nos dar medicamentos que eliminem as células doentes para trazer células novinhas e saudáveis ou nos submete a uma cirurgia que vai retirar os órgãos doentes e suas células para extirpar o mal que nos assola. Se for um grupo de células doentes apenas, elas podem ser substituídas sem problemas e aí ficamos bem novamente, mas se for uma infecção generalizada, então podemos morrer.Agora, depois dessa breve relaxada, vamos voltar ao foco principal. Se formos um agregado de partículas e se somos um mundo em particular formado por outros mundos particulares, porque nós não poderíamos ser parte integrante, ou melhor, porque não poderíamos ser uma célula de um grande corpo que pode estar alojada no dedão do pé de alguém? O que pensamos nós da distância de onde estamos até a cabeça desse gigante? Pensamos ser infinita essa distância, afinal somos um micro-micro-micro partícula de um corpo. Se você acompanhou até aqui, meus parabéns, pois está pronto para ler o final dessa minha teoria! E o final é uma grande reflexão:Nós, seres humanos, o que temos feito ao nosso mundo, ao nosso planeta? Poluímos, degradamos, desmatamos, envenenamos e destruímos passo a passo a nossa morada de todas as formas e sem nenhum pudor. Se formos células de um grande corpo e se fazemos tudo isso que explanei com nosso mundo, significa que somos células doentes. E se somos parte integrante de um corpo, esse corpo ou está efetivamente doente ou está sentindo já os primeiros sintomas de um mal que afeta um ou mais órgãos. Assim, doente que vai ficar ou que já está, esse “ser” vai recorrer a um médico para sanar seu problema físico.E aí, o que acontecerá? Cada um que tire as suas conclusões, pois a minha eu já tirei...

O CAFÉ MAIS GOSTOSO DO MUNDO ESTÁ NO BRASIL!
O Café é uma bebida antiquíssima, bastante apreciada no mundo inteiro. Cada um prepara o Café de uma maneira. Uns gostam dele forte, outros gostam dele fraco, outros mezzo a mezzo. Certas pessoas põe um pouco de água no café depois de pronto, alguns colocam açucar ou adoçante e muita gente o prefere amargo.Quando falamos em café, nos referimos não só aos grãos produzidos pelo cafezal, mas também a bebida que é o resultado da torragem, moagem e infusão em água fervente dos grãos de café moídos e a posterior coagem dessa infusão do pó de café na água fervente, que resulta em uma iguaria apreciadíssima por muitos e altamente viciante para outros tantos. quase todo mundo sabe preparar um café, nem que seja o instantâneo ou solúvel, mas os Baristas são os mestres da arte de preparação de um café excelente que trabalham nas grandes e renomadas cafeterias.E essas cafeterias ou cafés, onde se localizam? Bom, há os famosos Cafés Parisienses ou os Cafés Argentinos, mas no Brasil temos ótimos Cafés também e excelentes baristas. Pois bem, tudo que falei se refere ao nosso mundo real, onde o café recém preparado cheira gostoso e faz a xícara soltar aquela fumacinha gostosa que é um convite para que levemos a xícara de café á boca para sorver essa bebida maravilhosa em goles, degustando-a devagar, sem pressa.E no mundo virtual, temos bons cafezais, bons grãos de café e locais onde bons baristas preparam essxa bebida com maestria? Temos sim! É o Café das Letras, que hoje faz um ano. O cafezal é cultivado com carinho, gerando letras livres de pragas e que dispensam o uso de agrotóxicos. Desses cafezais, letras de excelente qualidade são colhidas com mãos cuidadosas e cuidadosamente tratadas, para, nas mãos de baristas, formarem deliciosos poemas, gostosas crônicas, Hai-kais de dar água na boca, acrósticos ímpares, muito bem preparados. As letras desse café tem um aroma ímpar e o espaço para a degustação é da melhor qualidade, reunindo baristas e apreciadores num congraçamento que pouco se vê no mundo virtual.
Por isso, cada dia que passa me sinto mais feliz em fazer parte desse lugar aconchegante, recheado de amogos queridos e que é palco para aprendizes da arte da escrita que colocam em seus trabalhos, as letras que são produzidas nos cafezais do coração e da mente e que como os grãos de café, são amadurecidas e se transformam em textos e poesias deliciosas de se ler. Sinto-me honrado de fazer parte desse espaço que trato com carinho, pois sei que ele será cada vez maior e melhor e podem acreditar, irá aos poucos se tornar o vício de muitas outras pessoas que ainda não conhecem nosso cantinho, mas creiam, assim que essas pessoas levarem á boca a xícara de nosso gostoso Café das Letras irão se viciar, como nós saudavelmente nos viciamos.Um beijo especial na Moniquinha que é a barista-mór do Café das Letras e á todos os amigos que aqui comungam da mais pura poesia, amizade e carinho.
PS: O Café das Letras é uma comunidade de textos e poesias no Orkut. Clique na palavra e veja a comunidade.

O FINAL DO FILME QUE NÃO ESCREVI!
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Custo crer que o final do filme possa ser desse jeito
Pois não foi este o roteiro que passei ao produtor!
Sinceramente eu esperava que tudo acontecesse
Como eu tinha previamente combinado com o diretor
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As cenas me surpreenderam, estão mudadas!
Não estão fiéis ao roteiro que escrevi
Há personagens estáticas, mudas, caladas,
Não há emoção nenhuma ali!
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Que houve com os meus originais?
Datilografei-os todos com o maior cuidado!
Por Deus, nunca, jamais,
Imaginei ver esse filme tão mal acabado
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Por isso, ainda que seja tarde vou tentar,
Convencer o meu amigo produtor
Pois preciso que ele venha a re-filmar
O final desta minha história de amor!