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quinta-feira, 9 de julho de 2009



INTERNET, QUAL É A NOSSA RESPONSABILIDADE EM RELAÇÃO A ESSE VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO E RELACIONAMENTO?

Esta semana, duas coisas me deixaram extremamente contrariado na Internet. A primeira foi um e-mail que recebi pedindo para que fosse repassado, onde há uma espécie de comparação entre a morte de astros do rock e a vida de aristas de outros gêneros musicais. Diz o e-mail (diz porque está em circulação por aí) que morreram vários astros do rock de forma precoce e que muitos “pagodeiros” “sertanejos” e o que o criador chama de “axezeiros”, continuam vivinhos da silva e que se repassarmos o e-mail uma vez, morrerá um pagodeiro, se repassarmos duas vezes morrerá um sertanejo e assim por diante, ou seja, quanto mais e-mails repassarmos, mais artistas morrerão. É uma corrente vibratória do mal repassada por pessoas que muitas vezes não tem nem noção do que estão fazendo. Mas sem sombra de dúvida o que me deixou mais estarrecido e enojado foi um “conto” ou “história” que li num site de escritores, onde uma escritora traz a narrativa de uma criança de 13 anos de idade (ou uma menina pré-adolescente como queiram alguns) contanto suas experiências sexuais com sua priminha com detalhes e com um palavreado explícito que deixaria Nelson Rodrigues corado. Na história ainda, a menininha que tem seu desejo sexual pela priminha fica super enciumada pelo relacionamento que sua prima tem com um garoto da escola e pra tentar acabar com esse relacionamento, seduz sexualmente um outro garoto e manda que ele estupre o “namoradinho” da priminha (ou como queiram alguns “manda que abuse sexualmente dele), o que o seduzido faz sem pestanejar e também sem dó nem piedade, afinal, como a escritora mesmo narra”, ele arrastava um caminhão de merda pela menininha pré-adolescente. A escritora narra que o garoto tem o seu ânus penetrado e que mesmo gritando por socorro não encontra quem o ajude. A menininha pré-adolescente em questão assiste a cena, muito provavelmente extasiada com o que viu, afinal o mandado em questão estava cumprindo fielmente uma ordem que lhe fora dado. Confesso que fiquei enojado de tal forma que não consegui ler o resto do último capítulo e após interromper a leitura, fiquei meditando sobre o nosso papel junto a Internet. Qual é a nossa participação nesse mundo digital. Que marcas nós estaríamos deixando gravadas aqui? Ao ler o e-mail que recebi, fiquei imaginando o número de pessoas que ao repassar o e-mail estariam também vibrando negativamente em relação a essas pessoas as quais o e-mail pede pra vibrar e ao ler o “conto”, fiquei imaginando o número de possíveis anormais (leia-se pedófilos e doentes sexuais em geral) que irão se deliciar com esse conto “pré-adolescente’ que traz uma certa riqueza de detalhes. Alguns de vocês poderiam até sugerir que os mesmos fossem denunciados, mas isso não é possível porque há a liberdade de expressão na rede e possíveis denúncias seriam ignoradas inclusive pelo site que hospeda esses escritores. E digo isso com conhecimento de causa porque já denunciei um anormal desses nesse mesmo site e ele continua lá livre, leve e solto, postando tranqüilamente seus textos. A Internet meus amigos é um mundo, não há qualquer tipo de censura nas postagens e em pouquíssimos e raríssimos casos poderemos ter uma eventual censura posterior. Acho que o bom senso e a responsabilidade de alguns internautas perante outros internautas e ao meio em que vivem (ou navegam) está indo gradativamente para o ralo. Minha insatisfação com o mundo virtual só tem aumentado e minha incursão pela rede mundial de computadores tem sido cada vez menor por causa dessas e de outras coisas. Aonde iremos parar?? Só o tempo nos mostrará meus amigos. E enquanto o tempo não nos mostrar, continuarei como um Dom Quixote cibernético lutando e protestando contra tudo o que de errado eu encontrar, alertando a todos sobre a importância da Internet e principalmente a responsabilidade que temos em relação ao uso que fazemos dela.