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domingo, 21 de outubro de 2007

DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 43
Diário Estelar 1234567/43
Sistema Solar: Quase revelado
Dia/Mês/Ano e Hora: Incertos por pouco tempo.
-Muito boas essas pílulas de café viu Bruno! E essas pílulas de pão de queijo também estavam deliciosas, muito obrigado mesmo. Me lembrarei de passar no primeiro Hipermercado Estelar para comprar um bom bocado delas. Bom, quero lhe agradecer por me mostrar a sua nave. Fiquei encantado com tudo o que vi e espero no futuro nos encontrarmos por aí, na terra, em alguma estação espacial ou em alguma dessas lojas de conveniência existentes por todo o nosso universo.
-Claro que iremos nos encontrar, pode ter certeza, pois os laços de amizade que nos uniu são eternos, transcenderão o tempo, as existências e as vidas. Acredite que nestes tempos em que a medicina está super avançada, nós, enquanto seres humanos, iremos viver cada vez mais e teremos condições de curtir nossos amigos por muito mais tempo. Nos cruzaremos por aí muitas vezes mais meu caro, pode acreditar!
-Bom Bruno, vamos lá no AEE? Estou curioso para saber quanto será a “facada” do conserto de minha nave.
-Não se preocupe Zé, o pessoal aqui trabalha bem e não é careiro não.
-Beleza! Assim espero, porque não tenho tanta grana assim. Falando nisso Bruno, que tipo de dinheiro se aceita num lugar como esse? Aqui só tenho Pilas.
-“Pilas” Zé Roberto? Que tipo de dinheiro é esse?
-Não sabe Bruno? Você deve estar no espaço a mais tempo que eu e está por fora. Mas vou te explicar:
No Brasil, o dinheiro sempre teve apelidos. Muito pouca gente tratava o dinheiro pelo nome, por exemplo “Réis”, “Cruzeiro”, “Cruzado”, “Cruzado”, “Cruzado Novo”, “Real”, “Real Novo” etc. Pois bem, chegou uma hora lá no Brasil, que se precisava mudar novamente o nome do nosso dinheiro e achou-se que desta vez o nome do nosso dinheiro deveria ser escolhido pelo povo e não pelos engravatados. Fez-se então um grande plebiscito junto a população em duas etapas. Na primeira, todos depositaram em uma urna eleitoral, suas sugestões de nomes para o novo dinheiro. Contados os votos, as sugestões foram passadas para o computador e dali foram extraídas as duas sugestões mais pedidas. Sabe quais foram as duas sugestões mais votadas?Não Zé Roberto, quais? Os dois nomes mais sugeridos foram “Pau” e “Pila”. E isso já era previsível, porque a maioria dos brasileiros normalmente se referia ao dinheiro destas duas formas. Sempre foi comum ouvir alguém, dizer: “Ah, esse carro custa 18 paus!” ou “Tu pode me emprestar 20 pilas?”
-É verdade, isso eu me lembro Zé hehehehehehehehe
-Pois bem, então depois de se ter esses dois nomes, aí sim foi feita uma reunião entre o Ministro da Fazenda, o Presidente do Banco Central e demais autoridades no intuito de se oficializar um dos dois nomes para o nosso dinheiro. Assim, por lógica se escolheu “pila”, porque você já imaginou se o nome escolhido fosse “pau”? Não daria certo não é?
-É vero my friend! Seria até cômico, não seria?
-Com certeza....Mas voltando ao assunto, será que eles aceitam pilas aqui?
-Sim Zé, você vai até a Cada de Câmbio Espacial que fica ali mesmo dentro da loja de conveniência e troca suas pilas pela moeda universal. Assim você não correrá o risco de passar apuros em algum Restaurante ou Posto de Combustível que você encontrar por aí. Sim, mas e a cotação?A cotação é um por um. Aqui em cima não tem aquela sacanagem que tem na terra. Aqui não tem superioridade, todos são iguais. Só os “terráqueos” é que são doidos para querer levar vantagem em tudo. Lembra-se da famosa Lei de Gerson? A quanto tempo você não ouve falar dela? A muito tempo não é? Mas acredite, essa lei na terra sempre foi aplicada e levada ao pé da letra com muito mais afinco do que muitas leis oficiais. A moeda aqui é universal, assim como deveria ser a língua, mas o primeiro passo já foi dado. O nome do dinheiro é “Universo” e você pode utiliza-lo em qualquer planeta, deste ou de outro sistema solar qualquer e o único planeta que ainda tem diferentes países, diferentes estados, diferentes cidades e diferentes moedas. Você vai reparar por aí que os planetas, na sua grande maioria, não tem divisão territorial, são uma coisa só e os poucos que tem divisões, são apenas divisões feitas para que se possa traçar mapas que facilitem a locomoção das pessoas, nada mais do que isso, entende?
-Entendo sim amigo e fico aqui pensando agora, cá com os meus botões, quando é que a terra chegará nesse nível.
-Ah, falta muito ainda para que os terráqueos aprendam o valor da união. Serão tropeços e mais tropeços, guerras, provações e desavenças as mais diversas até que, com muito sofrimento os humanos aprenderão pela dor, que esse tempo todo estavam errados e então, marcados pelo sofrimento, se unirão e começarão uma existência de união e fraternidade. Muitos planetas que existem por aí, também eram como a terra. Outros tiveram mudanças que foram necessárias para a própria evolução de seus habitantes. Quer um exemplo: Leia o livro Espírita “Os Exilados de Capela” de Edgar Armond e você vai entender o que eu digo.
-Ah, mas eu já li Bruno! Li e reli umas 5 vezes. Realmente o livro é fantástico e deveras esclarecedor para fazer-nos entender alguns dos maiores mistérios da humanidade.
-Sem sombra de dúvida Zé, isso mesmo! Bom, chegamos! Vamos lá falar com o eletricista chefe para ver quanto ficou a “facada”. He he he he he...

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