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quarta-feira, 26 de setembro de 2007

DIÁRIO ESTELAR - CAPÍTULO 37
Diário estelar 1234567/37
Sistema Solar: Desconhecido
Dia/Mês/Ano e Hora: Incertos
-Pois é meu caro Bruno, eu tenho a mais absoluta certeza de que você vai conseguir atingir seu objetivo e vai conseguir encontrar a Poesia Perfeita, aquela que deve ser tão linda que fica difícil até de imaginar como ela deve ser! Mas essa nossa “procura” por algo, muitas vezes leva muito tempo. Eu mesmo estava travando uma batalha muito grande no sentido de procurar o meu caminho de volta, achar meu rumo e a minha rota, pois quero voltar a encontrar meus amigos, meu lar, minha vida, ou como sempre cantava o grande Poeta Zé Geraldo “Encontrar o sentimento perdido”. Estou nessa rota faz tempo meu amigo. Meses e meses lutando nesse espaço sideral a procura de algo que esperava reencontrar. Mas o tempo e as circunstâncias me disseram que talvez seja muito difícil esse reencontro. No começo fiquei muito triste, desabei como um castelo de cartas, mas depois o conformismo tomou conta de mim e aos poucos fui não só me conformando, mas entendendo também toda essa minha complicada situação.
-Mas o que procurava tanto Zé Roberto?
-Procurava a minha Nave Mãe caro Bruno!
-Mas esse tempo todo no espaço você nunca mais teve contato com ela?
-Sim Bruno, tive sim alguns contatos com a nave mãe, pedindo socorro, querendo de volta minha carta estelar, ou ao menos uma certeza que me indicasse um caminho seguro para retornar a minha base terrestre, mas não consegui. Imagine você meu caro amigo, que em determinado momento de minha viagem encontrei com a PPZRS, a nave do Grande Maluco Beleza Raul Seixas, e os tripulantes de sua nave, fizeram todo os esforço necessário para me ajudar, mas também não conseguiram. Os contatos foram esparsos e fracos. Quando consegui conexão na minha Internet Banda-Luz, enviei várias mensagens para os tripulantes da Nave Mãe, pedindo para entrarem em contrato comigo, mas recebi pouquíssimas mensagens, atenciosas e curtas, mas que não resolveram o meu problema. Tentei muito, juro que tentei, mas a Nave Mãe foi se afastando cada vez mais de mim, por uma razão de eu não consigo entender até agora.
-Puxa, isso é mal meu caro amigo, se ao menos houvesse uma razão..
-É Bruno, agora estou bem mais tranqüilo. Quem sabe um dia eu não descubra a razão desse afastamento não é:? Esperar, é acreditar....
-Bom Zé Roberto, aqui nesta “Loja de conveniência” espacial, tem muitos viajantes espaciais, cada um vem de uma região diferente. É possível que alguém tem conheça ou já tenha cruzado com a essa sua Nave Mãe não é? Vamos ver.... Com licença amigos! alguém aí poderia ajudar meu amigo aqui? Ele está com um probleminha...
-Olha Bruno, se for pra empurrar a nave dele, esqueça por enquanto, esqueça, pois já empurramos 5 naves hoje e nossos braços estão doendo muito.
-Não, não é isso não! Ele está querendo localizar uma nave e talvez alguns de vocês possam dar uma pista a ele.Vamos ver...
-Como é essa tal nave que você procura eu rapaz?
-Bom amigos, em primeiro lugar, queria agradecer pela ajuda, isso pra mim é algo que nunca vou poder agradecer. Mas vamos lá.... Essa nave antigamente era sombria, triste, andava sozinha pelo espaço, apesar de ser uma nave mãe. Quando a encontrei a primeira vez em uma de minhas viagens de férias ao espaço, ela se achava a pior nave do sistema solar, tinha algumas peças que precisavam de um reparo e a luz da nave em alguns pontos estavam apagadas ou mesmo queimadas. Então ao encontrá-la eu disse a tripulação que aquela nave era maravilhosa e que não deveria vagar assim solitária. Precisava de alguns reparos apenas. Disse também a tripulação que tinha a certeza de que, com uma lixadinha aqui, uma pinturinha e o aparo de algumas arestas, a Nave Mãe estaria novinha em folha. Daí então, a tripulação acionou o programa de auto limpeza e auto conservação que estavam desativados e em muito pouco tempo aquela nave maravilhosa readquiriu a cor, a luz e a beleza que lhe eram próprias, mas que estavam encobertas, devido a anos e anos em que ela vagou por regiões de sombra, verdadeiros buracos negros. Voltei então a terra novamente, e continuei mantendo o contato com a tripulação, acompanhando seu desenvolvimento, a sua melhoria como um todo e a Nave Mãe como a Phoenix, ressurgiu das cinzas. Sua beleza então era um exemplo para outras naves, que davam passagem a ela e paravam para vê-la passar. Era lindo, vocês precisavam ver! Daí, um dia, planejei uma viagem efetiva para conhecer o interior da nave e passar uns dias em sua companhia. E isso aconteceu. Viajei novamente pelo espaço e fui ao encontro da nave, que estava com uma beleza de tirar o fôlego. Conheci a tripulação, seus equipamentos e até a casa de máquinas. Como era incrível aquilo!! Que grandiosidade!!! Fiquei encantado, e de tão encantado que fiquei acabei cometendo um erro.
-Qual Zé Roberto, que erro? Dá para nos contar?
-Claro que sim amigo Bruno. Vocês aí conhecem aquela antiga história de oãozinho e Maria?
-Sim Zé Roberto, esta história é eterna!
-Pois é, eu deveria ter feito mais do que o Joãozinho fez e deveria ter arrumado centenas e centenas de quilômetros de linha para amarrar uma ponta em minha casa e a outra ponta no “pará-choque” traseiro de minha nave, assim, quando eu quisesse retornar, era só reenrolar a linha de novo, mas não fiz isso! Extasiado que estava, deixei Nave Mãe e comecei minha viagem de volta e quando ela já não estava mais no meu campo de visão me deu um estalo: Esqueci os mapas e as cartas estelares que continham a minha rota de retorno ao orbe terrestre. Desde então iniciei minha procura, tanto pela Nave Mãe, como também pelas cartas Estelares que contem as coordenadas de meu retorno. Mas já estou desistindo... Vida que segue...
-Espere amigo, ao ouvir seu relato acho que posso lhe ajudar!
-Como? Sério? Não acredito, você viu a nave?
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