quinta-feira, 22 de novembro de 2007
O vulcão está ativo
Quer entrar em erupção
Está vivo
Sinto estar perto a explosão
A lava incandescente
De extremo calor
Que se agita rapidamente
Provoca-me ansiedade e tremor
Pensar em sua erupção
Causa-me arrepios
Falta de ar, tesão
Calafrios
Serei pela lava atingido
Quando o vulcão a expelir?
Será que estarei perdido
Quando tudo explodir?
Não...
Nunca estarei perdido
Ao contrário, terei me encontrado...
Estarei num torpor incontido
Como nunca antes havia estado
Por isso desejo agora
Que esse vulcão imenso
Faça jorrar nesta hora
Um jorro imponente e denso
E que sua lava fervente
Espessa e sulfurosa
Cubra-me totalmente
De forma intensa e poderosa
Porque vou me entregar
Com vontade e paixão
A esse fogo que há de me matar
De desejo
Gozo
E tesão...
Vem, deixa explodir o vulcão...
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
O tempo passou depressa para Beatriz e esse mesmo tempo, muitas vezes cruel, fez com que eu me distanciasse dela, trazendo para meu interior uma sensação de vazio e tristeza, que vinha e voltava toda hora a me atormentar, muito embora, com uma fé inabalável, eu acreditasse em um bom futuro para Beatriz, assim como tenho desejado esse mesmo bom futuro para todos os meus amigos. E esse distanciamento era devido ao fato de que ela se compenetrava cada vez em sua profissão, porque estava para começar o período de residência médica. As distâncias aumentavam cada vez mais, até o dia em que perdi o contato com Bia, devido a um trabalho que ela havia arranjado em um hospital de uma cidade distante. Muito tempo se passou desde então, mas seu semblante de menina moça nunca mais havia saído de minha mente, porque marcas profundas de uma grande amizade nunca se apagam, permanecem vivas para todo o sempre. Um dia, eu fui convidado para fazer uma pequena palestra em um congresso médico, cujo tema era a relação entre médicos e pacientes no que se referia a uma humanização maior entre atendentes e atendidos. E esse convite partiu porque eu havia abraçado um trabalho voluntário que cuidava exatamente dessa área humanitária. Sentei-me na segunda fila e esperei a palestra começar. Para minha surpresa e estupefação, a palestra seria dada pela Doutora Beatriz, isso mesmo, aquela menina faceira do interior que havia se formado e que já tinha sido promovida (nesse tempo todo de profissão), para Doutora Chefe de um grande hospital de sua região. Pois bem, ao iniciar sua palestra, Dra Bia resolveu agradecer todos aqueles que a tinham ajudado no passado, citando inclusive meu nome, sem saber que eu ali estava e que a olhava com uma profunda admiração e orgulho. Após sua brilhante palestra, muito aplaudida por sinal, o cerimonial deu continuidade a convocação de outros palestrantes enquanto Dra Bia tomava lugar de destaque na mesa em cima do palco. Minhas pernas começaram a tremer á medida em que se aproximava minha hora de falar, e minha garganta secava constantemente pelo nervosismo e apreensão. Mas chegou a hora e meu nome foi anunciado. Ao subir no palco, coloquei-me diante do microfone, saudei a platéia e quando fui saudar a mesa dos palestrantes, notei a Dra Bia com o olhar fixo em mim, olhos marejados, úmidos e desejosos de despejar as mais incontidas lágrimas de felicidade. Lembro-me claramente de que as únicas palavras que consegui dizer naquela noite foram: “Amigos, nunca deixem de acreditar em vossos potencias, e jamais deixem de acreditar em vossas felicidades, pois ela virá, mais cedo ou mais tarde oriunda de vossos esforços, vontade, fé perseverança e dedicação. Que Deus em sua infinita bondade, derrame sobre cada um de vós, toda a felicidade e a realização profissional que cada um de vós busca aqui com certeza.!” Não consegui ir além, pois uma emoção fortíssima se abateu sobre meu ser e a única coisa que me lembro a partir daí era de ter visto a Dra Bia se levantar de sua cadeira, vir em minha direção, me abraçar fortemente, para num copioso choro, dizer: Obrigado meu grande amigo por tudo o que fizeste por mim. Sou-lhe eternamente grata e a ti darei todo o meu eterno amor e carinho. Ao que respondi: Deus te abençoe querida! Que Ele te faça ainda mais merecedora de toda essa felicidade e que ele ainda abra mais portas para ti as quais te conduzirão a uma felicidade ainda maior e a uma realização profissional infinita. Que assim seja!!!!
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
domingo, 4 de novembro de 2007
Se a vida os levar a empreeenderem uma viagem ao interior de si mesmos, não se esqueçam de levar os mapas intimos que os levarão a navegar pelo espaço da mente e do coração, com uma rota definida e esses mapas irão possibilitar a vocês terem uma viagem tranquila e uma volta segura, a hora que desejarem. A imagem que ilustra este epílogo, foi colocada por mim para dizer que, apesar da minha alegria por estar de volta ao meu planeta, tem alguém muito triste com tudo o que temos feito a esse nosso orbe terrestre e a nós mesmos por consequência...
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