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domingo, 30 de dezembro de 2007


AS ÁGUAS DO ENTENDIMENTO

Um fio d’água
Brotado de uma mina
Desceu da encosta
De forma mansa e humilde
Escorrendo pela terra

No percurso desse fio d’água
Outras pequenas minas
Brotando de várias encostas
Começaram a se juntar
Unindo-se graciosamente a ele

E o fio d’água se transformou
Primeiro em humilde regato
De regato em um pequeno ribeirão
E de ribeirão em um belo rio
Imponente e formoso

Formoso rio de águas caudalosas
Porém tranqüilas e límpidas
Que corria em seu leito manso
Trazendo ás suas águas e margens
Paz, vida, amor e alegria.

As margens eram floridas
Os peixes nadavam sossegados
Levados por uma correnteza suave
Que seguia de uma forma lenta
Quase imperceptível

Mas no percurso desse rio
Grandes pedras e troncos de árvores
Colocaram-se no seu caminho
Transformando águas mansas em corredeiras
Turbulentas e perigosas

A turbulência instalou-se em seu leito
Revolvendo também as suas margens
Trazendo uma tristeza muito grande
E uma pergunta como um sinal de alerta
Ao futuro desse grande rio:

O que seria desse rio?
Qual seria seu destino com esses obstáculos?
Transformaria-se ou morreria
Assoreado pelos percalços
E pelas pedras do caminho?

Mas a sábia natureza
Que soube formar o rio
Com pequenas minas d’água
Soube também resolver esse problema
Com maestria

Com tranqüila serenidade e amor
Reuniu todos os fios d’água
E conversando com eles calmamente
Os levou não a contornarem os obstáculos
Mas sim a usá-los a seu favor

Fazendo desses obstáculos
Um grandioso motivo
Pra serem ainda mais unidos
A fim de preservarem suas águas
Seu leito, sua margem e suas vidas.

O rio formoso então
Com a união das minas
Voltou a ser calmo e sereno
Trazendo ainda mais amor e vida
A navegar em seu leito

E assim seguirá seu curso
Agora mais firme e mais belo
Porque o entendimento e a união
Fortaleceu suas águas
Que seguirão ainda mais unidas
Até que desemboquem no mar...

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