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sexta-feira, 8 de maio de 2009


O CARNEIRINHO E O LOBO VERSUS A MENINA E OS LOBOS
Quando eu era menino, minha mãe me contou uma fábula sobre um carneirinho que vivia pastando ao lado de seu pastor. O pastor, além de levar os carneirinhos para pastar nos campos, tinha a missão de proteger os carneirinhos dos lobos. Ele os deixava pastando e ficava á distância observando. Um dia, um dos carneirinhos resolveu pregar uma peça no pastor e então, do nada, ele começou a gritar: -É o Lobo! É o Lobo!
Os gritos do carneirinho fizeram com que o pastor viesse correndo, porém nada foi encontrado. O pastor achou que o lobo tinha fugido. Dias depois o carneirinho repete a mesma brincadeira e faz com que o pastor mais uma vez corra em vão. O carneirinho então curtiu a brincadeira e repetiu o mesmo trote mais 3 vezes. Cansado de pregar peças no pobre pastor, o carneirinho resolveu parar com a brincadeira. Foi aí que um dia, pastando tranqüilo num monte, o carneirinho avistou um Lobo que vinha ao longe com cara de faminto. O carneirinho então se apavorou e viu que o Lobo vinha em sua direção. Aí, temendo o pior, o carneirinho começou a gritar: -É o Lobo! É o Lobo!! Só que o pastor, cansado das brincadeiras do carneirinho não deu ouvidos ao chamamento e achou tratar-se de mais um trote. Não era! Dessa vez não era e o carneirinho foi devorado pelo Lobo. A moral da história já é conhecida por vocês e não preciso revelar... Bom, mas porque estou contando essa história? Vocês já vão saber...
Anos atrás, conheci uma pessoa, mais especificamente uma menina que veio a se tornar minha amiga graças a um pedido de socorro deixado na internet. Como tenho um espírito de ajudar as pessoas, entrei em contato com ela e em poucas conversas, descobri através dela, que ela sofria com a violência provocada pelo marido. Fiquei penalizado, afinal abomino qualquer tipo de violência contra a criança e contra á mulher. Faço até parte de comunidades que lutam contra esses seres demoníacos e doentes em geral que usam a violência muitas vezes gratuita. Pois bem, as narrativas me fizeram chorar algumas vezes e cheguei a conhecer o "agressor" pessoalmente, fato que me deixou abismado, pois a figura em questão era um doce de pessoa. Como tenho lido centenas de relatos sobre isso, sei que alguns posam de santo fora de casa e dentro são uns demônios. Fiquei intrigado, principalmente porque ninguém (segundo ela), acreditava em suas histórias, nem sua própria família, mas o fato dela não denunciar o agressor me deixavam contrariado, porém, a vontade dela sempre deveria ser respeitada e eu assim o fiz. Tudo transcorreu assim, até que, segundo ela, resolveu-se pela separação e ela se separou. Mudou-se então pro interior e eu fiquei feliz, afinal, novos ares, novas amizades, família etc, tudo faria bem...
Houve então um período de ausência até que eu tivesse novas notícias dela. Reencontrei uma amiga renovada, diferente (aparentemente para melhor) e isso me deixou muito feliz. Nosso reencontro, apesar de virtual, foi uma festa e nos confraternizamos muito, brindando a amizade que sempre reinou, porém, pra minha surpresa, ao questionar sobre possíveis novos relacionamentos, ela me disse que havia conhecido uma pessoa que parecia ser super legal, mas que em pouco tempo se revelou violento e começou a maltratá-la a ponto dela ter que abrir um Boletim de Ocorrência contra ele na delegacia de sua cidade. Eu pensei cá comigo: De novo?? Dois agressores seguidos? É muito azar pra uma mulher só, mas assim mesmo me penalizei, não tanto quanto da primeira vez, mas me penalizei, embora tenha ficado feliz pois ao menos ela tinha finalmente agido contra um agressor. Nem precisei recorrer aos amigos das comunidades, pois ela tinha tomado suas providências. Comentei isso com minha esposa, ela não acreditou e disse pra mim: Você acha mesmo? Faça-me o favor! Alguns amigos, inclusive dessa luta, estranharam e pediram que eu ficasse de olho pois poderia ser algum problema outro que não esse. Mas, mais uma vez deixei passar e toquei a vida e a amizade. Eu tenho o péssimo costume de colocar o coração na frente da razão. Tudo transcorria bem quando um fato fez com que eu acordasse para uma realidade que eu me recusava a admitir. Nós nos encontramos rapidamente em uma passagem dela por Sampa. No inicio foi uma festa, afinal, dois amigos virtuais que se encontram pessoalmente tem mais é que comemorar mesmo. Trocamos uma idéia, fomos almoçar e depois fomos assistir a um show numa rua. Meia hora depois de iniciado o show ela se mostrou incomodada com algo e me pediu para leva-la ao hotel para que ela descansasse e se recuperasse da forte dor de cabeça que a acometia. Combinamos que eu ia acorda-la em determinada hora para assistirmos outro show e eu assim eu o fiz, porém... Ela sumiu, não foi mais encontrada... Tentei exaustivamente localiza-la mas não obtive êxito. Voltei então pra casa e mesmo assim continuei tentando obter notícias dela, principalmente porque fiquei extremamente preocupado com a saúde dela, porém comecei a ser ignorado. Os recados via celular não eram respondidos e as mensagens privativas enviadas através da tela azul eram apagadas e não eram respondidas. Não me dei por vencido, afinal precisava saber como estava a minha grande amiga e dois dias depois do sumiço dela, vejo que ela entra on line num comunicador de mensagens instantâneas. Era a deixa pra eu falar com ela. Abri o programa e ela saiu. fechei o programa e ela entrou, abri o programa e ela saiu. Ficou meio que um jogo de gato e rato, até que tive a idéia de ficar no modo off line e abrir uma janela de conversação quando ela ficasse on line novamente. Deu certo! Abri a janela e iniciei o diálogo com a minha preocupação em saber o que havia ocorrido. Pra minha surpresa e espanto, uma mensagem aparece na tela em resposta ao meu questionamento: -Olha, esse endereço não é mais de fulana de tal! Afaste-se dela por favor! Se você não o fizer, ela sofrerá as conseqüências e você também! Fiquei estarrecido mas não recuei porque não temo esse tipo de coisa e chutei o pau da barraca contra a pessoa que tinha escrito tal mensagem. Em determinado momento, a pessoa que estava dialogando comigo pedindo para que eu parasse de importunar a fulana de tal, escreve algo que só eu e a "fulana de tal", que eu deveria deixar em paz, sabia. Ali eu já comecei a matar a charada e ainda alertei a pessoa em questão para que parasse de brincadeira, afinal a minha impressão era a de ter e estar participando de uma pegadinha, porém a pessoa do outro lado da telinha continuou com as ameaças dizendo inclusive que "eu estava avisado". Aí encerra-se a conexão. Como milito nesse causa desde 2.006, copio tudo o que me escrevem através do print screen e meu firewall identifica o nº do IP do computador de onde partem as mensagens instantâneas. Pois bem, a princípio eu tencionava entrar com uma denúncia pelas ameaças a mim feitas, mas ontem, raciocinando senti um estalo: Será que eu também não estarei recebendo a pecha de "Lobo" e será que minha história não estará sendo contada para alguma outra pessoa assim como a história de dois outros "Lobos" me foi contada? E aí me decidi por saber mesmo de onde partiram as mensagens instantâneas e quem as escreveu, embora pelas evidências eu talvez já tenha a certeza de onde tenham partido as linhas que me fizeram tais ameaças e vou mexer os meus pauzinhos e recorrer aos meus contatos para que isso aconteça Mas ficam no ar as perguntas:
Seria esse um caso de psiquiatria? Síndrome da mania de perseguição? Seria eu parte da história de uma fantasiosa vida de mentiras? Quem sabe? O fato é que, de imediato associei essa minha história real com a fábula que narrei, porque um dia, quando algo realmente acontecer, muito provavelmente ninguém vai acreditar e aí então o Lobo real terá a sua refeição...

2 comentários:

cris lazzari disse...

Sobre Lobos e Bobos...

Ah, Não é Péssimo, o hábito de colocar o coração na frente da Razão... pois, é no Emocional que está guardada a carga histórica genética da gente... Desconfiou??? Acredite no Coração e não na Cachola!!!!
Lobo??? Tem gente que peramanece anos reclamando dos relacionamentos que tem e, POR COMPATIBILIDADE E IGNORÂNCIA, procuram SEMPRE os mesmos tipode companheiros... Avisar é bom, mas manter a distância dos "reincidentes em besteiras", é sábio...

Por outro lado, vc mostrou tenacidade e um lado extremamente humanitário, o que é coerente com a descrição feita aí, no perfil!!!
Bacana mesmo poder contar com um amigo como vc!!! Mas, proteja-se... muitas pessoas costumam confundir Bondade com Burrice (que não é o caso...) e abusam... e choram e gemem... e continuam chorões o resto da vida!!!

Beijão, gostei do relato!!! muito!!

BLOG DO ZÉ ROBERTO disse...

Cris, obrigado pelo seu comentário. Tem uma música do Zé Geraldo que diz: "Meu companheiro, que sai de casa e na vida cai, com as cacetadas desse mundo eu fiquei mais velho que meu velho pai..."
To me cuidando, mas quando um mamigo pede ajuda, é dificil pro meu coração dizer não.
Beijos pra ti.