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segunda-feira, 28 de abril de 2008

PRECE AO VENTO
Meu querido e amado vento! Vós que corres pelo céu levando balões, que faz voar as pipas das crianças e que faz girar os cata-ventos coloridos trazendo alegria aos pequeninos e que generosamente da oportunidade aos aviões e aos pássaros de planar majestosamente pelos ares... Vós que corres sobre as montanhas, vales e campos fazendo balançar os galhos das árvores, que revolve a relva orvalhada e as flores que bailam gostoso ao teu sabor e que em retribuição oferecem suas sementes que levadas por ti farão nascer novas flores em outras regiões ao cair no solo... Vós que corres pelos mares fazendo singrar os veleiros e que faz formar as ondas... Vós que secas a roupa da dona de casa, que traz o ar que precisamos quando estamos ofegantes... Vós que refresca nossos corpos em dias de calor e que também faz mover os moinhos de vento e as usinas eólicas... Eu vos suplico meu amigo: Leva pra bem longe as nuvens escuras que tem se abatido sobre nossas cabeças nestes tempos tão difíceis e faz despontar um lindo céu azul de anil que nos traga beleza e alegria... Refresca-nos com sua brisa e purifica nossos espíritos tão cansados de luta e de sofrimento... Vento amigo, meu companheiro que ás vezes cheguei a te maldizer erroneamente... Peço-te que leve pra bem longe essa maré brava, essa ressaca que faz as ondas baterem na soleira de minha porta como que a querer derrubar minha edificação que teimosamente se mantém de pé...
Peço-te que leve pra bem longe a chuva ácida que corrói meu âmago, essa chuva maldosa que me deixa por vezes extremamente amargurado e perdido... Peço-te que afaste de meus olhos essa poeira terrível que me impossibilita de enxergar e encontrar meu caminho... Vento meu amigo, te peço todas essas coisas numa suplica emocionada, mas deixo o último e mais emocionante pedido para agora: Por favor, meu querido e amado vento: Traga de volta quem eu mais amo... E que ela volte pros meus braços ainda mais bela e mais radiante, porque assim o desejo e porque assim te peço meu amigo...
Assim seja..

Este texto foi inspirado em desejos pessoais e também na belíssima e eterna canção
PRECE AO VENTO
(Gilvan Chaves, Fernando Luiz e Alcir Pires Vermelho)

Vento que balança as paia do coqueiro
Vento que encrespa as água do mar
Vento que assanha os cabelos da morena
Me traz notícias de lá
Vento que assobia no telhado
Chamando para a lua espiar
Vento que na beira lá da praia
Escutava meu amor a cantar
Hoje estou sozinho e tu também
Triste me alembrando do meu bem
Vento, diga por favor,
aonde se escondeu o meu amor...

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